os meus olhos, por castigo,
já não podem mais chorar,
labios secos, voz sem fala,
dor agreste que se instala,
por não me saberes amar
No silêncio, o peito cala,
cada sombra que se instala,
saudades a devorarem,
mas na dura realidade,
mãos vazias, frialdade,
sem ter poiso onde morarem
Sabe-se lá se o amor,
É um espelho sem calor,
que reflete estar sem ti
nos meus lábios, teu sabor,
nos meus olhos, o torpor,
nas mãos, tudo o que perdi
O segredo, tão guardado,
é vazio, silêncio dado,
num suspiro mais profundo.
plhos secos, naufragados,
lábios rubros, condenados,
num adeus ser fim do mundo.
Alfredo Correeiro-Fado Correeiro
Sem comentários:
Enviar um comentário