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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

De loucura em loucura

Trago aqui uma letra de João Dias que Ricardo Ribeiro canta para o fado cravo de Alfredo Marceneiro



Vou de loucura em loucura

Como quem anda á procura
De uma constante ilusão
Velho sonho em que persigo
Uma voz um rosto amigo
Perdido na multidão

Vou de loucura em loucura
Que o próprio vento murmura
Promessas de um bem ausente
Estranha alma é a minha
Que se sente tão sozinha
Entre tanta e tanta gente

Vou de loucura em loucura
Como quem anda á procura
De uma alma fugidia
Olhos perdidos nos céus
Eu canto pedindo a Deus
Pra me encontrar qualquer dia






sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Ninguém quer saber de mim

Hoje ao conversar no FB com a minha amiga Helena de Castro, ela também grande fadista, lembrou-me de Júlia Lopes uma veterana fadista, que ainda não há muito tempo estava em excelente forma vocal.

Dona do chamado vozeirão, lembro-me dela no inesquecível Ferreiras em Lisboa, e o seu famoso baté o pé no chão, com que terminava alguns fados, dando expressão à alma com que viva cada fado

Hoje relembro-a aqui cantando o fado Ninguém quer saber de mim, uma letra de João Dias para o fado Proença de Júlio Proença

Não me perguntem quem sou,
onde vais pra onde eu vou
ou se estou triste ou contente,
barco de vela rasgada,
sigo ao encontro do nada,
que me chama do poente.

Meus olhos plantaram estrelas,
ninguém se ergueu a colhe-las
que se apagaram cansadas
esta é a noite mais escura
este negrume perdura,
sem esperança de madrugadas.

No mar da minha ansiedade,
naufrago até a saudade,
do que já fui e passou,
Não queiram saber de mim,
que eu sigo direita ao fim,
contente de ser quem sou




A guitarrada der hoje é pelo conjunto de guitarras de Raul Nery interpretando Variações sobre o fado corrido





domingo, 10 de junho de 2012

Ovelha negra

Há já muitos anos que ouvi com muito agrado Helena de Castro cantar nos Ferreiras em Lisboa, onde cantou algum tempo, junto do grande mestre Fernando Maurício. Perdi-lhe o rasto, mas não esqueci a sua magnífica voz de tonalidade grave que muito me agrada e a forma como interpreta os fados do seu vasto repertório.

Quando se canta o fado, sem que as palavras façam doer na alma de quem ouve, é sinal que saíram por acaso boca fora de quem as disse e isso sente-se, eis a razão porque vozes estupendas não triunfam junto de quem as ouve e outras quase sem explicação aparente permanecem eternamente na memória de quem ama o fado.

Este é o caso de Helena de Castro, basta ouvi-la uma noite para se perceber que cada fado que canta, nunca lhe é indiferente ainda que saibamos que o cantou centenas de vezes.

Voltei a reencontra-la,numa noite de fado em Portimão, no café Nacional onde acontece fado de 15 em 15 dias sempre com a presença do guitarrista Ricardo Martins e do viola Aníbal Vinhas

Este fado é um poema de João Dias aqui cantado sobre a música do fado 3 bairros de Casimiro Ramos

Chamaram-me, ovelha negra,
Por não aceitar a regra,
De ser coisa, em vez de ser,
Rasguei o manto do mito,
E pedi mais infinito,
Na urgência de viver.

Caminhei vales e rios,
Passei fomes, passei frios,
Bebi água dos meus olhos,
Comi raízes de dor,
Doeu-me o corpo de amor,
Em leitos feitos de escolhos,

Cansei as mãos e os braços
Em negativos abraços
Em que a alma, foi ausente,
Do sangue das minhas veias,
Ofereci taças bem cheias,
Á sede de toda a gente

Arranquei, com os meus dedos,
Migalhas de grãos, segredos
Da terra, escassa de pão,
E foi por mim que viveu
A alma que Deus me deu,
Num corpo feito razão





Fonte ; blog de Ricardo Martins

sábado, 15 de maio de 2010

Rosa livre

MARIA ARMANDA Nasceu em Lisboa em 1942.

Pode ser ouvida, regularmente, no ambiente tradicional do fado, em Lisboa cantou em quase toda a Europa; Brasil. Venezuela, Canadá são lugares familiares ao seu talento.

Maria Armanda continua a ser uma das principais referências do Fado em Portugal.



Rosa livre, rosa livre
rasgaste o chão do degredo
vermelha do sangue vivo,
dos que viveram sem medo.


Rosa menina em Abril
em maio rosa mulher,

quem em setembro a feriu

em março a queria acolher


Rosa livre rosa livre
nos campos da minha terra,
flor de sangue que redime
soldados do fim da guerra.


Rosa livre rosa livre
a gritar num tempo novo
rosa cada vez mais livre
no peito aberto do povo.


domingo, 18 de maio de 2008

Renascer

Rodrigo é um fadista da velha guarda nascido para o fado em 1975 ainda como amador, mas no início dos anos 80 abriu a sua casa de fados o Forte D.Rodrigo em Birre

Canta este fado Renascer, com Letra de João Dias

e Musica de Pedro Rodrigues-Sextilhas

Caso não consiga ver o vídeo no Guarda fados clicar >>>>>>>>>>>>>>>>> aqui

Só quem ama tem razão
mulher dá-me a tua mão
apressemos a partida.
Solta os cabelos ao vento,
e os dois à frente do tempo ,
vamos saudar esta vida.

Vamos beber rios e fontes
caminhar vales e montes
e sonhar ao mais profundo.
Há flores à nossa espera
e um canto da primavera
em cada canto do mundo


E na mais alta colina
à luz do sol luz divina
respirar nossa nudez
se em amor fomos nascidos
por milagre dos sentidos
nasceremos outra vez


para ver clicar >>>>>>>>>>>>>>>>>>>> aqui