Há já muitos anos que ouvi com muito agrado Helena de Castro cantar nos Ferreiras em Lisboa, onde cantou algum tempo, junto do grande mestre Fernando Maurício. Perdi-lhe o rasto, mas não esqueci a sua magnífica voz de tonalidade grave que muito me agrada e a forma como interpreta os fados do seu vasto repertório.
Quando se canta o fado, sem que as palavras façam doer na alma de quem ouve, é sinal que saíram por acaso boca fora de quem as disse e isso sente-se, eis a razão porque vozes estupendas não triunfam junto de quem as ouve e outras quase sem explicação aparente permanecem eternamente na memória de quem ama o fado.
Este é o caso de Helena de Castro, basta ouvi-la uma noite para se perceber que cada fado que canta, nunca lhe é indiferente ainda que saibamos que o cantou centenas de vezes.
Voltei a reencontra-la,numa noite de fado em Portimão, no café Nacional onde acontece fado de 15 em 15 dias sempre com a presença do guitarrista Ricardo Martins e do viola Aníbal Vinhas
Este fado é um poema de João Dias aqui cantado sobre a música do fado 3 bairros de Casimiro Ramos
Chamaram-me, ovelha negra,
Por não aceitar a regra,
De ser coisa, em vez de ser,
Rasguei o manto do mito,
E pedi mais infinito,
Na urgência de viver.
Caminhei vales e rios,
Passei fomes, passei frios,
Bebi água dos meus olhos,
Comi raízes de dor,
Doeu-me o corpo de amor,
Em leitos feitos de escolhos,
Cansei as mãos e os braços
Em negativos abraços
Em que a alma, foi ausente,
Do sangue das minhas veias,
Ofereci taças bem cheias,
Á sede de toda a gente
Arranquei, com os meus dedos,
Migalhas de grãos, segredos
Da terra, escassa de pão,
E foi por mim que viveu
A alma que Deus me deu,
Num corpo feito razão
Fonte ; blog de Ricardo Martins
Este blogue é uma homenagem a todos os que amam o FADO. Estão totalmente reconstruídos todos os posts, mas agradeço que sempre encontrem alguma anomalia ma comuniquem
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domingo, 10 de junho de 2012
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Até cada adeus
Volto a lembrar aqui a fadista Romy Barra, neste cantinho onde procuro sempre lembrar gente do fado, em especial grandes intérpretes , nem sempre muito falados, é o caso desta senhora.
Este fado tem letra do Dr.Almeida Santos para o fado 3 bairros de Casimiro Ramos
Custa tanta a dizer
este adeus que tem que ser,
a vida quis deste jeito,
digo-te adeus mas não digo,
pois fica sempre comigo,
a saudade no meu peito
Adeus até cada rosto
onde eu vejo esse desgosto,
que com desgosto em mim vive,
adeus até cada olhar,
onde eu veja o teu olhar,
como agora o vejo triste,
Adeus até cada fado
bem fadado ou mal fadado,
que eu cantar pensando em ti,
adeus até à saudade,
da mentira ou da verdade,
da vida que não vivi.
Adeus até cada grito,
cada desejo infinito,
dos beijo que te não dei.
se outra boca eu beijar,
beija-la-ei a chorar,
pois só a ti beijarei.
Adeus até cada aurora
como esta em que nós agora,
ouvimos dobrar um sino,
adeus até cada adeus,
em que aos pobres olhos meus
cumpre chorar o destino
Este fado tem letra do Dr.Almeida Santos para o fado 3 bairros de Casimiro Ramos
Custa tanta a dizer
este adeus que tem que ser,
a vida quis deste jeito,
digo-te adeus mas não digo,
pois fica sempre comigo,
a saudade no meu peito
Adeus até cada rosto
onde eu vejo esse desgosto,
que com desgosto em mim vive,
adeus até cada olhar,
onde eu veja o teu olhar,
como agora o vejo triste,
Adeus até cada fado
bem fadado ou mal fadado,
que eu cantar pensando em ti,
adeus até à saudade,
da mentira ou da verdade,
da vida que não vivi.
Adeus até cada grito,
cada desejo infinito,
dos beijo que te não dei.
se outra boca eu beijar,
beija-la-ei a chorar,
pois só a ti beijarei.
Adeus até cada aurora
como esta em que nós agora,
ouvimos dobrar um sino,
adeus até cada adeus,
em que aos pobres olhos meus
cumpre chorar o destino
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Quem me dera ser o vento
Marco Rodrigues nascido que nos Arcos de Valdevez vem para Lisboa com a mãe, o fado entrou-lhe pela vida dentro sem pedir licença.
Marco Rodrigues acompanha-se muitas vezes à viola.pois como ele diz Sinto-me muito mais confortável sendo eu a tocar viola porque a minha forma de estar na música, ao vivo, é um pouco irreverente. Gosto de controlar as dinâmicas, os andamentos, de ser eu a segurar o todo. Quando se concentra essa energia só a cantar é fantástica. Mas quando se concentra essa enegria a cantar e a tocar, levando as dinâmicas lá para cima ou cá para baixo, ainda é melhor”.
Ele canta aqui esta letra de Rui Manuel para o fado 3 bairros de Casimiro Ramos
Quem me dera ser o vento
pra levar ao esquecimento
qualquer lembrança de ti,
e as leves folhas do Outono
transportassem sem retorno
tantas mágoas que vivias.
Quem me dera ser a lua,
para espreitar cada rua,
em que passámos os dois
ser uma nuvem teimosa,
que chovesse impiedosa,
para nos apagar depois.
Quem me dera ser o vento
que não passasse tão lento,
dentro de mim a doer,
ser a urgência dum beijo,
que me matasse o desejo,
e esta sede de te ver.
Quem me der ser verdade,
quer matar esta saudade,
tão grande do teu olhar,
quem me dera que quisesses,
o amor que me oferecesses,
todo o amor que quero dar.
Marco Rodrigues acompanha-se muitas vezes à viola.pois como ele diz Sinto-me muito mais confortável sendo eu a tocar viola porque a minha forma de estar na música, ao vivo, é um pouco irreverente. Gosto de controlar as dinâmicas, os andamentos, de ser eu a segurar o todo. Quando se concentra essa energia só a cantar é fantástica. Mas quando se concentra essa enegria a cantar e a tocar, levando as dinâmicas lá para cima ou cá para baixo, ainda é melhor”.
Ele canta aqui esta letra de Rui Manuel para o fado 3 bairros de Casimiro Ramos
Quem me dera ser o vento
pra levar ao esquecimento
qualquer lembrança de ti,
e as leves folhas do Outono
transportassem sem retorno
tantas mágoas que vivias.
Quem me dera ser a lua,
para espreitar cada rua,
em que passámos os dois
ser uma nuvem teimosa,
que chovesse impiedosa,
para nos apagar depois.
Quem me dera ser o vento
que não passasse tão lento,
dentro de mim a doer,
ser a urgência dum beijo,
que me matasse o desejo,
e esta sede de te ver.
Quem me der ser verdade,
quer matar esta saudade,
tão grande do teu olhar,
quem me dera que quisesses,
o amor que me oferecesses,
todo o amor que quero dar.
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