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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O menino que não fui

Que se pode dizer mais sobre o grande Fernando Maurício, o mestre o estilar ìmpar e sobretudo um grande homem com um coração e uma modéstia sem limites.

Aqui canta uma letra de Mário Raínho, um dos poetas que ele mais cantava, numa sextilhas para o marcha de João Maria dos Anjos

Nasci talhado de fado
Cresci no tempo a correr
Sem direito de sonhar;
Não parei no meu passado
Fui menino sem saber
E condenado a cantar

Tive a noite por guarida
Deram-me um fado, por pão 
Por enxerga, a fria rua
Dormi à margem da vida
Ao lado da solidão
Coberto p'la luz da lua

Queria voltar a nascer
E sonhar um só momento
No meu mundo pequenino
Passou o tempo a correr
Não tive idade nem tempo
De brincar e ser menino




Na guitarrada de hoje apresento o Ricardo Martins acompanhado pelo seu irmão Nuno Martins na viola,  na Variações em Ré. Numa visita ao seu blog poderão assistir a muito mais desta jovem dupla  e  ... não só



terça-feira, 9 de outubro de 2012

Confessando

Após alguma ausência retomo mais uma época de publicação, com o mesmo amor ao fado de sempre.

Simbolicamente retomo com Fernando Maurício , com a mais lindo dos tradicionais o Fado Cravo, e uma letra de Jorge Fernando que fala sobre a presença eterna da nossa mãe, junto de nós, mesmo quando fisicamente nos deixa,





Esta carta minha mãe
É o espelho onde o teu filho
Se desnuda totalmente;
O fogo que o vinho tem
Acendeu este rastilho
E a coragem de ser gente

É por ela, sim confesso
Que de segundo a segundo

Bebo a febre de morrer,
Mas quando a vires, só te peço
Não lhe contes o meu mundo,
Não lhe dês esse prazer

Neste meu quarto isolado
O vinho que vou bebendo
A sua imagem retém,
Sobrevivo neste fado,
Muito embora eu a perdendo,
Continuo a ter-te mãe




A letra como acontece muitas vezes é uma referência que retirei do Fados do fado a quem como sempre agradeço realçando o grande trabalho em prol do fado

sábado, 29 de outubro de 2011

Divina do amor


Não há fados mal cantados por Fernando Maurício e muitos são emblemáticos no seu repertório como é o caso desta letra de Mário Raínho para a música do fado Britinho de Frederico de Brito


Ó divina do amor
Amante, mulher, irmã
Senhora amiga do lar

O teu rosto é uma flor
Orvalhada pla manhã
Que a minha voz quis cantar

Ó divina do amor
Minha razão de viver
A ternura em cada instante

Quem te deu esse esplendor
Que me dá gosto de ser
O teu amor teu amante

Minha menina crescida
Que Deus quis pôr a meu lado
Como irmã da minha dor
Por ti é que existe a vida
Por ti eu canto este fado
Ó divina do amor




quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Voltei ao cais

O rei Maurício volta aqui com um clássico, que ele muitas vezes cantava, Uma letra de António Rocha para o Fado Porto de António Barbeirinho.

Voltei ao cais da partida,
Voltei, sim porque sonhei,
Que voltavas nesse dia
E que trazias a vida,
Que há tempo, ao cais te levei,
Ficando de alma vazia

Meu olhar iluminou-se,
Quando te vi acenando,
Corri para te abraçar
Mas, o sonho dissipou-se
E acordei, mesmo quando,
Ia teus lábios beijar

Vi fugir o doce enleio,
Que envolveu teu regressar
É triste a realidade
Tu não vens e eu receio,
Que me possa habituar,
A viver com a saudade





Entretanto descobri um novo síto de fado muito interessante recomendando uma visita ao Tertúlia do fado.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Conta de beijos

Trago aqui de novo o grande Maurício, realmente o fadista aqui mais vezes lembrado e homenageado, desta vez cantando uma letra de António Judicibus Pinto, sobre a música do fado puxavante.

Existe uma polémica sobre a sua autoria que remeto para este artigo do Portal do fado

Dos beijos que tu me deste,
e dos beijos que eu te dei
Diz se a conta já fizeste,
porque fazê-la não sei

Já tenho a cabeça tonta,
não há soma que me reste
Ao tentar fazer a conta,
dos beijos que tu me deste

Fiz várias contas sem fim,
somei os que me lembrei
Dos que tu me deste a mim,
e dos beijos que eu te dei

Mas como fiquei incerto,
se ainda não te esqueceste
Para eu saber ao certo,
diz se a conta já fizeste

Eram estes os meus desejos,
mas como não acertei
Faz tu a conta dos beijos,
porque fazê-la não sei



quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Quinze primaveras

Não corro qualquer risco ao afirmar que Mário Rainho era o poeta que Fernando Maurício mais gostava de cantar, porque o próprio mo disse.

Raínho é um homem multi-facetado e no fado começou por cantar mas hoje dedica-se apenas (julgo eu) no que ao fado diz respeito à função de letrista, cujos trabalhos são cantados por todos os fadistas.

Para ler mais sobre Rainho remeto para o que dele se diz aqui.

Tinhas sorrisos em flor
Uns lábios de rubra côr
Como se fossem romãs;
No olhar, tinhas virtude
E na tua juventude
A frescura das manhãs

Nos teus cabelos ao vento
Searas, aonde o tempo
Pôs leve toque dourado
Passearam os meus dedos
Com caricias e segredos
E um mimo mais ousado

Ai meu amor, que saudade
Dessa tua mocidade
Desse tempo de quimeras
Tinhas sorrisos em flor
Uns lábios de rubra cor
E umas quinze primaveras

Caso não consiga ver o clip, clicar ><<<<<<<<<<<<<<<< AQUI


terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Sotão da amendoeira


Na voz do Fernando Maurício, que tantas vezes ouvi cantar este fado, a sós ou repartindo o fado com outros colegas.

É uma saudade.

Letra de Carlos Conde Música de Raul Pinto-Marcha


Naquele típico sótão Sob as telhas mais antigas
Da Rua da Amendoeira
Inda há traços que denotam

O sabor dado às cantigas
Pla Matilde cantadeira

Airosa mas inconstante

A Matilde dava ao Fado
A graça de outros estilos

No velho café cantante
Que ficava mesmo ao lado
Da Estalagem dos Camilos

No sótão esconso e sujo
Três sombras, porte ufano
Espreitam a Mouraria
As lágrimas dum Marujo

Os ciúmes dum Cigano
E os remorsos de um Rufia

Senti presos os meus pés
Mas desviei o caminho

E quedei-me ali à beira

Só para ver outra vez

Aquele sótão velhinho
Da rua da Amendoeira

terça-feira, 29 de julho de 2008

Procuro e não te encontro

O Fernando Maurício está sempre presente na minha vida de apaixonada pelo fado, porém, este fado tem a particularidade de ser quase uma novidade para mim.

As inúmeras vezes que ouvi o Fernando cantar não me lembro de o ouvir cantar este fado, nem tenho conhecimento que o tenha gravado , será assim amigo Fernando Baptista ?

Este fado tem letra de António José e música de Nobre Sousa

Caso não consiga ver o vídeo no guarda fados clicar >>>>>>>>>>>>> aqui

Procuro e não te encontro
não paro, nem volto atrás
Eu sei, dizem todos que é loucura
Eu andar à tua procura
Sabendo bem onde tu estás!
Procuro e não te encontro
Procuro nem sei o quê!
Só sei, que por vezes ficamos frente a frente
E ao ver-te ali finalmente
Procuro, mas não te encontro!

Preferes o outro e queres
Que eu nunca, vá ter contigo
Por isso, tenho um caminho marcado
E vou procurar-te ao passado
Para lembrar o amor antigo
Procuro e não te encontro,
Procuro, nem sei o quê
Só sei, que por vezes ficamos frente a frente
E ao ver-te ali finalmente
Procuro, mas... não te encontro!


Vamos ao meu Guarda-fados para ouvir basta clicar >>>>>>>>>>>>>> aqui

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Esta noite não

Este fado na voz da Fernando Maurício, tem letra de Jorge Fernando e música no tradicional Fado amora de Joaquim Campos da Silva

Amanhã quando acordar
Poderei, ser coisa pouca
Ou talvez, traço de boca
Ainda por desenhar

Ser algo entre os escolhos
Que se procura salvar
Ou então ser dos teus olhos
Um jeito triste de olhar

Poderei ser folha morta
Sem nunca tombar ao chão
Ou trinco velho de porta
Que só abre à tua mão

Poderei ser a razão
Dum poema feito a esmo
Porém esta noite não
Porque ainda sou o mesmo




sábado, 26 de abril de 2008

Estrela que se apaga

Aqui de novo e não será última por certo, Fernando Maurício cantando uma letra de Jorge Fernando sobre música do Fado Alvito de Jaime Santos

Este fado foi editado em 1991 pela Movieplay num trabalho que tem por título O Fado

Tenho as estrelas por telha
O meu tecto um velho barco
Por paredes a maresia

Espreita-me o arco-da-velha
Como se a velha e o arco
Me fizessem companhia


O corpo já não reclama
Os colchões de pedra dura
A que está habituado

Mas por dentro há uma chama
Que arde viva e segura
No meu sangue revoltado

Quando chega o vento aflito
Contra os vidros da janela
Do quarto que não conheço

Sopro para o infinito
Apago a última estrela
Logo depois adormeço



quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Tudo acabou

Grande Fernando Maurício canta agora este fado com letra de Moita Girão e sobre a marcha de Alfredo Marceneiro

Desde que te ouvi dizendo
Que sentimento em revolta
Adeus amor acabou-se

Os anos foram correndo
O mundo deu muita volta
E a vida modificou-se

Ainda trago comigo
Aquela cruz que me deste
Tudo o que guardo de ti

Cruz que tem sido o castigo
A lembrar-me que esqueceste
Tanta jura que te eu ouvi

Não sei onde estás agora
Nem sei se vives ainda
Ou se Deus já te levou

Eu sigo pla vida fora
Sentindo a saudade infinda
Dum amor que se acabou




quinta-feira, 13 de setembro de 2007

É tão bom ser pequenino

Chegou a vez do Rei, infelizmente já desaparecido Fernando Maurício, letra de Linhares Barbosa e música do tradicional Fado corrido

Caso não consiga ouvir considerando a opção de baixo clicar >>>>>>>>>>>>>> aqui

É tão bom ser pequenino, ter pai, ter mãe, ter avós
Ter esperança no destino, e ter quem goste de nós

Vem cá José Manuel, dás-me a graciosa ideia
De Jesus da Galileia, a traquinar no vergel
És moreninho de pele, como foi o Deus menino
Tens o mesmo olhar divino, ai que saudades eu tenho
Em não ser do teu tamanho, é tão bom ser pequenino

Os teus dedos delicados, nessas tuas mãos inquietas
Lembram-me dez borboletas, a voejar nos silvados
E como tu sem cuidados, também já corri veloz
Vem cá falemos a sós, dum caso sentimental
Quero dizer-te o que vale, ter pai, ter mãe, ter avós

Ter avós afirmo-te eu, perdoa as imagens minhas
É ter relíquias velhinhas, e ter mãe é ter o céu
Ter pai assim como o teu, te dá o pão e o ensino
É ter sempre o sol a pino, e o luar como rouxinóis
Triunfar como os heróis, e ter esperança no destino

Tu sabes o que é esperança, o sonho, a ilusão, a fé
Sabes lá o que isso é, minha inocente criança
Tu és fonte na pujança, e eu o rio que chegou à foz
Eu sou antes tu voz, que saudades, que saudades
A gente a fazer maldades, e ter quem goste de nós