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domingo, 13 de dezembro de 2009

Tive um barco

(Republicação de post anterior)

Continuemos com Manuel de Andrade, ouvindo agora esta sua letra

Tive um barco e dei-lhe um nome
Dei-lhe um nome feito ao vento
Dei-lhe um nome feito ao mar
Tive um amor e deixou-me
Ficou no meu pensamento
Mas não mais o vi voltar

O seu olhar era a bruma
O seu jeito era o do mar
Em tardes de calmaria
E eram cristais de espuma
Os seus dentes ao cantar
E os seus olhos se sorria

Partimos pla barra fora
Meu amor achei-o estranho
Mais tarde por lá ficou
Onde foi que importa agora
Tive um barco e nada tenho
E o meu amor não voltou

Desta vez cantado por João Braga com música tradicional de Casimiro Ramos



Roseira brava

Este post é uma reedição melhorada, porque eu sou muito teimoso e gosto muito deste fado.



Andei a ver se encontrava
alguma roseira brava
florida de murchas rosas
qualquer coisa que lembrasse
um resto só que ficasse
das nossa horas ditosas

Mas o céu enegreceu
o vento tudo varreu
e de nós nada ficou
na campina nua e fria
nem uma roseira havia
nem uma rosa murchou

Morreu triste o meu intento
morreu levado plo vento
que as roseiras embalava
voltei ao cair do dia
pois no campo não havia
nem uma roseira brava

Esta letra de Manuel e Andrade é cantada sobre uma música dum fado tradicional. o Fado primavera da autoria de Pedro Rodrigues.

Paulo Penim contou, neste seu primeiro trabalho, originais nunca antes cantados em Fado, com a participação dos seus amigos Paulo Parreira na guitarra portuguesa, João Veiga na viola e Rodrigo Serrão no contrabaixo.

Caso não consiga ver o clip clicar >>>>>>>>>>>>> aqui


domingo, 20 de abril de 2008

As minhas mãos

Um jovem como Rodrigo Costa Félix, já não é apenas um jovem talentoso, uma promessa do fado, já é presentemente um grande valor

Canta aqui este poema de Manuel de Andrade com música do fado bailado de Alfredo Marceneiro

Mãos abertas mãos de dar,
as minha mãos são assim,
viste-as abertas chegar,
abertas hão de ficar,
quando tu morreres em mim.

Ao partir não sentirei,
nada mais do que ao chegar
minha mãos, quando as mostrei,
vinham abertas e sei
que abertas hão de ficar

Nunca as juntei para rezar,
nem nunca as ergui aos céus,
minhas mãos, são mãos de dar,
nao sabem querer nem esperar,
nem sequer dizer adeus.

Ao partir não levarei,
nada teu partindo em mim,
de mãos abertas irei,
passado nunca o terei,
as minha mãos são assim.

Para adquirir este fado incluído no album chamado "Fados d alma" clicar >>> aqui