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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Súplica

Um dos meus fados favoritos, incluído no seu album Do amor e dos dias, este fado é de autoria de Frederico de Brito com música de Ferrer Trindade

Já quantas vezes
Te pedi que me esquecesses
Ou que ao menos não viesses
Não voltasses mais aqui
Pois tu não vês
Que o mau viver que tu me dês
Só pode ser por malvadez
E eu não espero mais de ti

Já quantas vezes
Te implorei por caridade
Que encobrisses a maldade
Que há-de ir sempre onde tu vais
Eu poderei ser um traidor
Fugir à lei do que amor
Sofrer bem sei
Mas prender-me nunca mais

Ainda agora
Eu bem sei que tu não gostas
Vou pedir-te de mãos postas
Que me dês o que era meu
Vagas paixões, meus tristes ais
Mil tentações e pouco mais
Do que ilusões
Que o amor…esse morreu



segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Um fado para esta noite



Fiz um descoberta recente, a da fadista Ana Marques. Algarvia de Portimão, mas que vive em Lagos.
Pelo seu curriculo percebi, que é bastante conhecida aqui no "Reino", mas penso que tal não acontece, por enquanto, espero, no resto do País.
Por mim fiquei encantado com a sua qualidade vocal e pela sua presença em palco, acrescentando que gosta de falar com o público, o que normalmente não acontece com os fadista e tem o bom hábito de anunciar os autores dos fados que canta, que demonstra respeito e consideração por eles, sem os quais o fado e os fadistas não existiam..

Este fado faz parte do seu trabalho que tem o título de Fado-Alma e voz e o seu contacto é o TM 914 243 604

Este fado é da autoria de Cesár de Oliveira/ Rogério Bracinha e Ferrer Trindade

Anda deitar-te, fiz a cama de lavado
Cheira a alfazema o meu lençol alinhado,
Pus almofadas com fitas de côr,
Colcha de chita com barra de flor,
E à cabeceira tenho um Santo alumiado.

Volta esta noite p'ra mim
Volta esta noite p'ra mim
Canto-te um fado no silêncio,
se quiseres

Mando um recado ao luar,
Que se costuma deitar, ao nosso lado,
P'ra não vir hoje,
se tu vieres


Uso o meu xaile p'ra nos servir de coberta
E um solitário, ao pé da janela aberta;
Pus duas rosas, que estão a atirar
Beijos vermelhos, sem boca p'ros dar
Sem o teu corpo, minha noite está deserta

Volta esta noite p'ra mim
Pois só é noite p'ra mim
Ser abraçada por teus
braços, atrevidos

Quero o teu cheiro sadio,
Neste meu quarto vazio,
De madrugada, beijo os teus
lábios, adormecidos



domingo, 10 de janeiro de 2010

Sinal da cruz

Manuel Martins Tristão da Silva era um alfacinha de gema, que nasceu na Penha de França, em 17 de Julho de 1927.Faleceu num acidente de viação ocorrido em Lisboa em 1978.

Letra de Linhares Barbosa e música de Ferrer Trindade

Na pequena capelinha
da aldeia velha e branquinha
Dei à Maria da Luz
uma cruz de pôr ao peito
E um juramento foi feito
pelos dois, sobre essa cruz

Juro ser tua
disse-me ela
Eu disse
uro ser teu
Pelos vitrais da capela
Entrava a benção do céu

Passavam-se os meses.
e o tempo corria
E todas as vezes
que eu via a Maria
sozinha e menina
Dizia-lhe assim
Maria da Luz
Tu és para mim
o sinal da cruz
da cruz pequenina

Mas um dia, há sempre um dia
que nos rouba a fantasia
Maria entrou na capela,
esquiva, pé ante pé
Mas o meu símbolo de fé
não brilhava ao peito dela

Quis perguntar-lhe pela jura
Porém, de fé já perdida
Vi que não vinha segura
Tinha outra cruz na vida

Passavam-se os meses
o tempo corria
E todas as vezes
que eu via a Maria
com más companhias
Dizia-lhe assim:
Maria da luz
Tu és para mim,
o sinal da cruz,
da cruz dos meus dias



terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Cara bonita

Mais outra homenagem a Tristão da Silva aqui se presta com este fado com letra de José Correia e música de Ferrer Trindade


Ao ver teu rosto bonito,
Custa-me a crer não acredito
Que um fado triste te deu
Grande castigo igual ao meu.
Mas se bem te fitar
Nesses teus olhos em que, sem fé,
Um sonho ardeu,
Talvez entenda a razão
Porque tu és tal como eu


Cara bonita
Disfarças bem teu desgosto,
Andas a rir da desdita
Que adivinho no teu rosto
Linda carita,
P'ra te ver feliz eu queria
A tua cara bonita
Junto a mim, noite e dia

Ao ver teu rosto bonito
Custa-me-a crer, não acredito
Que já sofreste também
E p'ra teu mal amando alguém,
A vida, quis assim
E castigou-nos por tanto amar
A mim e a ti
Por isso entendo a razão
Pois, como tu, também sofri