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quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Não Passes com Ela á Minha Rua

Classe pura na forma de cantar, quem sabe não esquece falo de Fernanda Maria, a prova que cantar o fado, não é gritaria, é alma e saber colocar a voz na música no tempo certo A letra deste fado é de Carlos Conde e a música de Miguel Ramos Fado Alberto 

 Ao fim de tantos anos de ser tua Amaste outra, casaste, foste ingrato Vi-te passar com ela á minha rua Abracei-me a chorar ao teu retrato Podia insultar-te quando te vi Ferida neste amor supremo e farto Mas vinguei-me a chorar, chorei por ti Por entre as persianas do meu quarto Eu bem sei que me tentas convencer Mas o que me propões, não é bastante Se não servi, p'ra ser tua mulher Também não devo ser a tua amante Casaste, sê feliz, Deus te proteja Não te desejo mal, e tanto assim Que não tenho ciúme nem inveja Como a tua mulher teve de mim Mas olha meu amor, eu não me importa Antes que fosses dela, eu já fui tua Podes sempre bater á minha porta Mas não passes com ela á minha rua

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Deixa-me só


Maria da Saudade é uma fadista do Algarve que por lá vai fazendo a sua carreira, com a dignidade de muita gente que ama o fado em Portugal pois ao contrário do que se pensa isso não acontece só em Lisboa

Este fado tem letra de Carlos Conde para o fado cigana de Armando Machado

Deixa-me só por favor
não venhas amargurar
outra vez meu coração
as tuas juras de amor
já não as quero lembrar
são coisas que já lá vão

Por favor deixa-me só
porque sei quanto sofri
hora a hora dia a dia.
ilusão desfez-se em pó,
pois a sofrer aprendi,
coisas que não conhecia.

Deixa-me só por favor,
deve ser melhor assim,
eu não tornar a falar-te.
não quero mais teu amor
deixa de pensar em mim
para eu poder perdoar-te

Não venhas faz-me a vontade
o teu viver não me interessa
chegas a meter-me dó
de ti só resta a saudade
e agora apenas te peço
por favor deixa-me só.


terça-feira, 1 de março de 2011

Um fadista já cansado



Helder Moutinho cantando a faixa de abertura do seu CD Sete Fados E Alguns Canto








Um fadista já cansado

Quando o passado lembrou
Abraçou uma guitarra
Não pôde cantar, chorou

Entrou, sentou-se e bebeu
Um copo de vinho tinto
Enquanto que no recinto
Uma guitarra gemeu

Tantas cantigas sei eu

Tudo se ouviu menos fado
E o cantador desolado
Acabou por me dizer
Só tenho pena de ser
Um fadista já cansado



Criei nome, dei nas vistas
Conquistei fama ovações

Mas não a cantar canções

De envergonhar os fadistas
Ganhei fama nas conquistas

Da boémia, que passou

Sei quem fui, sei que não sou

Um cantador presumido

Disse-me ele entristecido

Quando o passado lembrou

E prosseguiu, quando entrei

Entrei com mil ansiedades
mas se vim matar saudades

Com mais saudades fiquei
Envelheci, mas é lei

Da fadistagem bizarra

Ter fé, ter alma, ter garra

P'ra cantar até á morte,
E falando desta sorte
Abraçou uma guitarra


E cingiu com mão amiga
Ao lado esquerdo do peito

Aquele instrumento eleito
Da fadistagem antiga
Quis cantar uma cantiga

Que outrora o celebrizou

Mas a emoção embargou

Toda a sua voz amena
,
E o pobre cheio de pena
Não pôde cantar, chorou






sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Escravos e donos


Ainda não tinha trazido aqui Gabino Ferreira uma voz inconfundível do fado, que nasceu no Porto na freguesia do Bonfim, em 1922 e que tanto quanto julgo saber saber ainda está vivo

Canta aqui uma letra de Carlos Conde e música da marcha de Raúl Pinto, um dos seus fados mais populares.

Quem quiser ler mais sobre Gabino Ferreira pode consultar o blog do Vitor Marceneiro, Lisboa no Guiness.

No jardins da cidadela
Em dia alegre de Maio
Pelo caír da tardinha
Um aio solta a cadela
Qua rasga a carne ao lacaio
P’ra divertir a rainha

Depois, no salão doirado
Entre gente de alto porte
E figuras d’alta grei
Um bobo chicoteado
Pelos fidalgos da corte
Vai beijar os pés ao rei

E enquanto a seje real
Atravessa o picadeiro
P’ra ser mostrada á nobreza
Junto ao lago de cristal
Morre á sede um albardeio
P’ra recriar a princesa

Três quadros tristes, banais

Que em futuro mais feliz
Sem ódio nem opressão
Dirão bem quem vale mais
Se os escravos dum país
Se os donos duma nação


quarta-feira, 24 de março de 2010

Do amor e da saudade

Ainda não tinha falado aqui, da fadista com mais anos no activo, a lisboeta de Campo de Ourique, Maria Amélia Proença

Em 1946 ganhou um concurso de fado apenas com 8 anos e desde logo encantou toda a gente com a sua voz, conseguindo-se uma autorização especial para poder cantar com aquela idade

Cantou praticamente em todas as casas de fados e em 2005 foi distinguida com o Prémio Carreira da Casa da Imprensa.

É mãe de Carlos Manuel Proença, que toca viola de acompanhamento

Aqui o fado é de Carlos Conde sobre a música do fado cigana de Armando Machado

É sempre, tristonho e ingrata,
que se torna a despedida,
por quem temos amizade,
mas se a saudade nos mata,
eu quero ter muita vida,
para morrer de saudade.

A saudade é um queixa
que se parte e se reparte
porque fere e mortifica
mas é ela que nos deixa,
sentir a dor de quem parte,
e a tristeza de quem fica.

a saudade aviva mais
é o riso a soluçar
é o soluço a sorrir
lágrima que anda no cais
na esperança de ver chegar
quem um dia viu partir

sei que é tristonha e ingrata
pra alma dolorida
que se afoga na ansiedade
mas se a saudade nos mata
eu quero ter muita vida
para morrer de saudade.

Para ouvir este fado clicar >>>>>>>>>>>>> AQUI

Continuando a falar de Carlos Conde sugiro uma visita ao blog de fado que se chama fado corrido onde se pode ouvir também de Carlos Conde o fado Contraste com música de Joaquim Campos, na voz de Frutuoso França.

Ou do magnífico blogue Fado cravo o fado Aí vem o Natal, na voz de Alfredo Duarte Jr e na música do fado Cuf de seu pai.

domingo, 28 de junho de 2009

A saudade é minha

Insisto na Marina Mota porque ela merece

Letra de Carlos Conde música de Túlio Pereira

Quando alguém vive longe de quem ama
E sente a alma triste, dolorida
Há sempre uma saudade que nos chama
Para nos ir matando e dando vida

Quando a gente se esquece de lembrar
Aquilo que se lembra de esquecer
Há sempre uma saudade p’ra matar
E logo outra saudade p’ra viver

Venha a saudade,quero rir, brincar com ela
Quero espreitar-te p’la cortina da janela
Venha a tristeza, quero ter com quem chorar
Abro-te a porta meu amor, podes entrar

Eu tive uma saudade que não digo
Ganhei-a na esperança da amizade
E ando agora a perde-la por castigo
Na esperança que tive da saudade

A saudade que eu tenho ando a cantar
É resto dum amor que alguém deixou
Se a lembro, vivo o sol que anda a brilhar
Se a esqueço, sinto a luz que já passou




terça-feira, 2 de junho de 2009

Resultados da votação de "Qual o fado que mais gosto ?"

Resultados finais da votação efectuada entre os leitores deste blog

  1. Sotão da Amendoeira- votos 1ªfase 9 votos final 6 total 15 votos
  2. Lenda das rosas------------- votos 1ªfase 8 votos final 6 total 14 votos
  3. Fiz leilão de mim ------------ votos 1ªfase 7 votos final 6 total 13 votos
  4. Estranha forma de vida ------- votos 1ªfase 5 votos final 6 total 11 votos
  5. Balada do sol errado ----------votos 1ªfase 5 votos final 6 total 11 votos
  6. É tão bom ser pequenino ------- votos 1ªfase 6 votos final 4 total 10 votos
  7. Búzios ----------------------votos 1ªfase 6 votos final 4 total 10 votos
confirmado os resultados da primeira fase,

Relembrado que este fado foi aqui publicado, cantado pela voz do rei Fernando Maurício.

Simbolicamente, republico este fado, também um dos meus favoritos, cantado por um jovem o fadista nortenho o Ricardo Mesquita.

Letra de Carlos Conde Música de Raul Pinto-Marcha

Naquele típico sótão
Sob as telhas mais antigas
Da Rua da Amendoeira
Inda há traços que denotam

O sabor dado às cantigas
Pla Matilde cantadeira

Airosa mas inconstante

A Matilde dava ao Fado
A graça de outros estilos

No velho café cantante
Que ficava mesmo ao lado
Da Estalagem dos Camilos

No sótão esconso e sujo
Três sombras de porte ufano
Espreitam a Mouraria
As lágrimas de um marujo

Os ciúmes de um cigano
E os remorsos de um rufia

Senti presos os meus pés
Mas desviei o caminho

E quedei-me ali à beira

Só para ver outra vez

Aquele sótão velhinho
Da rua da Amendoeira


Caso não consiga ver o vídeo clicar >>>>>>>>>>>>>> aqui


terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Sotão da amendoeira


Na voz do Fernando Maurício, que tantas vezes ouvi cantar este fado, a sós ou repartindo o fado com outros colegas.

É uma saudade.

Letra de Carlos Conde Música de Raul Pinto-Marcha


Naquele típico sótão Sob as telhas mais antigas
Da Rua da Amendoeira
Inda há traços que denotam

O sabor dado às cantigas
Pla Matilde cantadeira

Airosa mas inconstante

A Matilde dava ao Fado
A graça de outros estilos

No velho café cantante
Que ficava mesmo ao lado
Da Estalagem dos Camilos

No sótão esconso e sujo
Três sombras, porte ufano
Espreitam a Mouraria
As lágrimas dum Marujo

Os ciúmes dum Cigano
E os remorsos de um Rufia

Senti presos os meus pés
Mas desviei o caminho

E quedei-me ali à beira

Só para ver outra vez

Aquele sótão velhinho
Da rua da Amendoeira