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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

A força para vencer

Se a vida escorre inclemente, 
sendo dor em nossa mente, 
fruto da nossa lembrança, 
mas a alma sempre crê, 
que a luz que não se vê, 
seja a chama da esperança. 

Quando o vento sopra triste, 
parecendo que o sol não existe 
traçando um destino incerto, 
risca na alma outro brilho, 
que seja um novo trilho, 
faz da esperança um céu aberto 

A vida tem vários caminhos, 
feita de pedras e espinhos, 
mas só o amor dá o poder, 
de seguirmos sem ter receio, 
até com derrotas pelo meio, 
encontrar força pra vencer. 


 Joaquim Campos-Fado Vitória

domingo, 9 de fevereiro de 2025

Máos vazias de ti


Se as mãos sem teu abrigo, 
os meus olhos, por castigo, 
já não podem mais chorar, 
labios secos, voz sem fala, 
dor agreste que se instala, 
por não me saberes amar 

No silêncio, o peito cala, 
cada sombra que se instala, 
saudades a devorarem, 
mas na dura realidade, 
mãos vazias, frialdade, 
sem ter poiso onde morarem 

 
Sabe-se lá se o amor, 
É um espelho sem calor, 
que reflete estar sem ti 
nos meus lábios, teu sabor, 
nos meus olhos, o torpor, 
nas mãos, tudo o que perdi 

O segredo, tão guardado, 
é vazio, silêncio dado, 
num suspiro mais profundo. 
plhos secos, naufragados, 
lábios rubros, condenados, 
num adeus ser fim do mundo. 


 Alfredo Correeiro-Fado Correeiro

sábado, 8 de fevereiro de 2025

Queremos voltar a viver

 

 Lavava no rio lavava, 
 em casa tambem gelava, 
 de raiva pelo meu viver, 
 e muita fome passava, 
 e de pobreza chorava, 
 ao ver meus filhos sofrer, 

 Cantei em tempos cantei, 
 sonhei em tempos sonhei, 
 e era tudo fantasia , 
 o que eu fantasiava, 
 não me esqueci que chorei, 
 não me esqueci que sofria, 

 Já não há rio onde lavar, 
 mas continuo a penar, 
 sem ter onde trabalhar, 
 já não vou lavar ao rio. 
 mas continuo a ter frio. 
 sem ter casa pra morar, 

 Ai minha mãe, minha mãe, 
 há mais carências também, 
 e que eu já bem conhecia. 
 dessa fome que passava, 
 e o sofrer continuava, 
 e já não há fantasia , 

 Voltamos a ter fome, mãe, 
 casa não temos também,, 
 como eu gostava de ter 
 voltamos a ter que sonhar, 
 andam a nos enganar, 
 queremos voltar a viver 


 Modesta homenagem a grande Amália Rodrigues autora do poema original Lavava no rio lavava

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Valsa acabada

Numa noite fomos dançar, 
no compasso do luar, 
se alegrou meu coração. 
mas quando o sol quis brilhar, 
teu olhar quis me deixar, 
foi-se o sonho na canção. 

Nessa noite, nosso bailar 
na valsa do desejar, 
fomos um só movimento, 
mas quando a noite findou, 
e quando a valsa acabou, 
ficou só o meu lamento. . 

Cada passo era um beijo, 
cada volta, um desejo, 
num abraço, perdição. 
o dia , trouxe me o medo, 
e desfez o meu enredo, 
e ficou só a canção. 

Na dança eu fui verdade,
ao temer a realidade, 
que o dia iria trazer. 
pois a luz, sem piedade, 
apagou minha ansiedade, 
e ficou só o meu querer. 



 Georgino de Sousa-Fado Georgino

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

O presente é luz que arde

O presente é luz que arde, 
que o agora nunca tarde, 
a vida está a nos chamar, 
cada dia em realidade, 
nosso amor é mais verdade, 
temos mundos pra sonhar. 

Se o relógio vai parar, 
todo o tempo que restar, 
o nosso amor faz sentido, 
se o futuro é presente, 
e o passado, está ausente, 
quero estar sempre contigo. 

O amor que em nós se faz, 
momentos que a vida traz , 
sem passado a nos prender. 
cada gesto afago intenso, 
cada beijo fogo imenso, 
sem temer o que há de ser. 

 
O tempo é só um instante, 
mesmo sendo amor bastante,
cada vez, somos mais nós, 
cada sussurro outro peso, 
cada ternura grito aceso, 
cantado pla nossa voz, 

Carlos da Maia-Sextilhas

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Nosso amor ganhou o Mundo

O tempo fugia sem parar, 
cruel, sem se importar, 
sem saber do meu anseio. 
mas quiseste me convidar, 
para irmos ver o mar, 
num tão doce devaneio. 

Fomos então ver o mar, 
por entre as ondas te amar 
num desejo tão profundo, 
sem ter medo de ficar, 
nem ninguem a amarrar 
nosso amor ganhou o mundo. 

Nas ondas que vão e vêm, 
cada gesto teu contém 
um futuro por desvendar. 
mas o tempo, já não tem 
plo nosso amor o desdém 
nem o poder de o calar.
 
O presente em nós se faz, 
um momento que é de paz, 
sem passado a nos prender. 
cada olhar é liberdade, 
a viver só na verdade, 
sem temer o que há de ser. 

Quando os sonhos caminharam, 
nossas vidas se cruzaram, 
e o agora se eternizou, 
seja nas ondas ou no vento, 
nosso amor no firmamento 
agora enfim se afirmou 

 Franklim Godinho-sextilhas

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

O sabor do teu sorriso

O sabor do teu sorriso, 
marca história que vivi, 
na raiz do meu caminho, 
farol firme, em meu juízo, 
luz que eu percebi, 
ser flor e nunca espinho. 

Quando a vida te seguiu, 
passaste a ser minha guia, 
que da solidão me curou, 
com teu amor se vestiu,
foste a partir desse dia, 
o amor que me marcou. 

Nosso amor jamais resume, 
só paixão ou emoção, 
porque em ti eu encontrei, 
toda a ternura que assume 
este amor em doação, 
e que, tambem te darei 

Quando longe, o teu cuidado, 
é presença que me abraça, 
sendo um querer tão infinito, 
neste amor, que é nosso fado, 
nunca o tempo o desfaça. 
seja fado sempre escrito, 


 Joaquim Campos-Fado Vitória

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

O amor que não partiu

Desejo plo teu abraço 
era uma doce tentação 
A iluminar minha vida, 
mas ao cortares esse laço,
mataste meu coração
minh alma ficou perdida 

Lembranças desse meu sonho, 
da boca que não beijei, 
mas que sempre quis beijar, 
essa loucura onde me ponho 
junto ao amor que te dei , 
mas nunca quiseste amar 

Dei te versos, dei canções, 
dei meu amor sem razão, 
mas teu peito se fechou. 
Rejeitaste as emoções, 
não queres minha paixão, 
só o meu sonho restou. 

Guardo esta paixáo sem idade, 
mas que tu não queres saber, 
dos sonhos que eu ansiei, 
pois neste amor há verdade ,
chama imensa por te querer 
dar tudo o que não te dei, 

Na memória do teu rosto 
revejo o que eu te pedi. 
mas teu coração não sentiu 
pois ficou só meu desgosto, 
dum sonho que não vivi, 
 mas meu amor náo partiu 


 Júlio Proença-Fado Proença,

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Não quero mais teu amor

Não quero mais, teu amor,
livre das tuas amarras,
Quero solto,o coração,
Lutarei contra essa dor,
voarei sem ter asas,
pois prefiro, a solidão

Hoje relembro, a saudade,
do calor, da primavera,
vou embora, sem aviso.
Ficara só a verdade 
de que esfriaste, a espera
dum sonho, dum paraíso.

Nossos sonhos e intentos,
num soluço foi desfeito,
e agora virou quimera,
Num adeus sem um lamento
levarei dentro do peito,
toda paz ,que já não era.

Voando então, vou seguir,
Deixar teu mundo vazio,
Onde não há mais calor,
Prefiro em paz desistir,
Que naufragar no teu frio,
Nesse mar, sem mais amor.


  Joaquim Campos-Fado Vitória

Desistir não é vencer

Ha amor, que nao se apaga
que dentro da alma resiste
em jeito de teimosia, 
que na memoria se afaga
e no coração presiste
em amor que nao se adia

Na sombra desse lamentos,
uma força a quer partir,
nos segreda a dizer não
outra a gorar os intentos,
e a lutar por prosseguir,
por buscar tua afeiçao

Por anseios tão incertos,
A esperança é meu abrigo.
Ainda espero teu calor,
Mesmo em sonhos tão desertos, 
Eu só tenho por castigo
Teu silêncio sem amor.

Desistir náo é vencer,
nao deixarei de lutar,
mesmo vivendo sofrido,
porque só quando morrer,
eu deixarei de te amar,
minha vida fez sentido 

 Júlio Proença-Fado Proença

No outuno da vida

Sou como a folha caída , 
no outono da minha vida, 
sou do futuro a ilusão, 
sou como ave perdida, 
que pelo bando foi ferida. 
bem perto do coração 

O outono veste a paisagem, 
Segue a vida sua viagem, 
E as folhas caem por fim 
Entre o ontem e a ilusão, 
De um futuro, sem direção. 
Do que eu sou, antes do fim 

O outono pinta em dourado, 
Num tempo já encerrado,
e as folhas caem no chão,
Uma ilusão que encantava,
mas no fim, nada restava,
triste é sua recordação,

Sou como sombra esquecida, 
No rasto da despedida, 
Sou o silêncio a ecoar.
Na folha seca, perdida, 
Vai a alma sem medida,
que o outono vai a passar


  Pedro Rodrigues-Primavera,

quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Bebo amor as minhas lagrimas

 Bebo amor, o meu sofrer, 
 feito lagrimas de dor, 
 plo paixao que me envolveu, 
 são tuas, nao são mentidas 
 sao as lágrimas sofridas, 
 que o tempo nao resolveu , 

 Bebo amor, lágrimas tristes , 
 pois da traiçao nao desistes, 
 meu amor traiste querendo , . 
 São amargas, nao perdidas, 
 São marcas das nossas vidas 
 em que acabei perdendo 

 Bebo amor, noites sem fim, 
 Tudo em mim diz que é o fim, 
 perdido em sonhos quebrados. 
 em silêncio, um desatino, 
 me segreda que o destino 
 são os teus passos passados. 

 Bebo amor, bem devagar 
 para o tempo mal passar, 
 porque a saudade é só minha, 
 vivo em dor, e nao reclamo, 
 mesmo sofrendo esse engano, 
 prefiro ficar sozinha 

 Armando Machado-fado Santa Luzia

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Teu olhar é uma luz

Tu sabes, meu coração,
o caminho da paixão, 
podes sempre adivinhar, 
teu olhar tem uma luz, 
o farol que me conduz, 
a perto de ti querer morar, 

No pulsar ,do meu ensejo, 
teu toque é meu desejo 
pra alma te encontrar. 
teu olhar, tem essa luz, 
brilha e a alma seduz, 
onde quero me entregar. 

Teu amor, quero abraçar, 
onde eu quero morar , 
o abrigo que quis ter, 
o teu olhar tem mais luz 
onde minh alma conduz , 
pra onde eu quero viver, 


 Alfredo Marceneiro-Fado cravo

Cada dia é dia sim

Se vieres, não te demores, 
Vivamos loucos amores, 
Será mais um dia sim, 
No calor do nosso canto, 
Ó meu amor, meu encanto 
Nossos dias são assim 

Seja eterno, este sentir, 
Teu olhar me seduzir, 
Nos nossos braços, paixão, 
Em dia sim, renascer, 
Nosso amor a florescer, 
Nunca seja um dia não 

Nosso amor, não tem idade, 
Nos braços, da eternidade, 
O tempo deu-nos razão, 
Nosso amor é clandestino, 
Mas está escrito no destino 
Nunca haver um dia não 

Vem chegando, bem mansinho, 
Com o calor do meu beijinho, 
Um desejo nos assalta 
Nosso tempo, siga assim 
Porque hoje é dia sim ~
Meu amor, fazes-me falta

  musica do fado João Maria dos Anjos