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domingo, 17 de junho de 2012

Igreja de Santo Estevão

Embora não seja meu habito neste cantinho, colocar fados que não resultem de trabalho próprio na construção dos clips, desta vez não resisto.

Estão aqui várias curiosidades, que começam pelo interprete o grande poeta António Torre da Guia, depois o fado uma abordagem diferente do fado Igreja de Santo Estevão o conhecido fado de Gabriel de Oliveira, normalmente cantado na musica do fado Vitória e que Fernando Maurício tornou imortal como ele próprio. Aqui Torre da Guia canta sobre uma das minha músicas preferidas o fado Maria Rita também conhecido como Fado de Santa Luzia de Armando Machado

Isto demonstra bem a capacidade que há de cantar o fado, renovando poemas conhecidos cantando-os sobre outras música e que permite, como aqui se demonstra, descobrir novas sonoridades.

Porque não tentam fazê-lo mais vezes os fadistas ? Neste caso Torre da Guia como poeta que é, sabe muito bem que as sextilhas deste poema não precisam de ser cantadas sempre sobre a música do fado Vitória

Depois a gracinha final da quadra de sua autoria, uma preciosidade



sábado, 21 de abril de 2012

Tu andas-te a vingar



Este fado é muito antigo, um poema de Gabriel de Oliveira que terá  nasci­do em 1891, em Lisboa. vindo a mor­rer na Figueira da Foz em 1953. 


Apoiante de Sidónio Pais, terá mesmo posto ao serviço deste político alguns barcos, o que lhe valeu a alcunha de maru­jo almirante.

Manteve uma longa ligação com a cantadeira Natália dos Anjos, das suas composições contam-se algumas das mais clássicas letras do repertório fa­dista como é o caso de Igreja de Santo Estêvão,

Inspirando-se alegadamente ao gosto do rei D. Carlos pela guitarra e pelo Fado, escreveu a letra do Fado, O Embuçado. Ori­ginalmente criado por Natália dos Anjos, a músi­ca foi composta pelo guitarrista José Marques Pis­calarete, que lhe deu o título de Fado Natália que, como tema musical, entraria igualmente no reper­tório fadista com outras letras. Os restos mortais de Gabriel de Oliveira re­pousam na Cripta dos Combatentes da Grande Guerra, em Lisboa.

(Respigado do Portal do fado)

Telefono pra ti, tu não atendes
Se sigo os passos teus, foges de mim
Dou-te o meu coração, não compreendes
Ou tens um certo orgulho em seres assim


Eu sei que amaste alguém que te não quis
E que sofres talvez de arrependida
Mas por teres sido um dia tão infeliz
Não quero dizer que o sejas toda a vida


Tu andas-te a vingar do mal que alguém te fez,
Alguém que te enganou,
Que amaste e te deixou, sem penas nem porquês
Tu andas-te a vingar, mas crê que sou capaz,
De sofrer teu rancor,
A dar-te o mesmo amor, que a esse alguém tu dás


Foge ao passado e vive o teu presente
Sem duvidares do muito que eu te dou,
Não me queiras pagar tão cruelmente,
Na moeda que o outro te pagou.


Que importa teres sofrido uma traição,
Daquele a quem amaste com fervor,
Não é renunciando ao coração,
Que alguém pode vingar um falso amor.

Letra retirada do excelente blog Fados do fado


sexta-feira, 22 de maio de 2009

Gostei de ti e Senhora do Monte

Carlos Ramos gostava de ficar a ouvir o fado nas tascas de Alcântara, bairro onde nasceu em 1907, e foi como guitarrista acompanhante que iniciou carreira, aprendendo a tocar guitarra portuguesa na adolescência, nos intervalos dos estudos liceais.

Estudou para médico, mas a morte do pai, com apenas 18 anos, obrigou-o a trabalhar para sustentar a família, dedicando-se à radio-telegrafia, ofício que aprendera no serviço militar e do qual faria carreira profissional. Continuava, contudo, a tocar e cantar nas horas vagas, primeiro apenas como acompanhante (nomeadamente de Ercília Costa numa digressão americana) depois também como fadista em nome próprio, acompanhando-se a si próprio à guitarra, acabando, a conselho de Filipe Pinto, por se profissionalizar como cantor em 1944.

Estreou-se então no Café Luso, no Bairro Alto, criando Senhora do Monte o seu primeiro grande êxito


Letra de Guilherme Pereira da Rosa música de Jorge Costa Pinto


A nossa vida
Anda presa no destino

Vai de vencida
Mandada p’loDeus menino

E se em meu fado
Tu foste o meu desepero

Hoje és passado
Podes crer, já não te quero


Gostei de ti,
como ninguém há-de amar-te

O que eu sofri,
só de pensar em deixar-te

mas se hoje passo,
junto a ti por qualquer rua

Não há um traço de paixão,
por culpa tua


Foste a culpada
Desta indiferença de agora

P’ra mim és nada
Tu que foste tudo outrora


És o passado
Apenas recordação

Lume apagado
A cinza duma paixão


*** Senhora do Monte

Letra de Gabriel de Oliveira música de Raúl Ferrão-Fado Carriche

Naquela casa de esquina
Mora a Senhora do Monte,
E a providência divina
Mora ali, quase defronte

Por fazer bem á desgraça,
Deu-lhe a desgraça também,
Aquela divina graça,
que Nossa Senhora tem

Senhora tão benfazeja
Que a própria Virgem Maria,
Não sei se está na igreja
Se naquela moradia

E o luar da lua cheia
Ao bater-lhe na janela,
Reforça a luz da candeia
No alpendre da capela.

Vai lá muita pecadora,
Que de arrependida,chora
Mas não é Nossa Senhora
Que naquela casa mora




Caso não consiga ver o vídeo clicar >>>>>>>>>>>>>>>>>> aqui


domingo, 7 de dezembro de 2008

Maria Madalena

Este fado tem letra de Gabriel de Oliveira sob mote de Augosto Gil e música de Fernando Freitas (pai de Fernando Girão)

Cantado por Lucília de Carmo, fadista já falecida mãe de Carlos do Carmo. Nasceu em Portalegre em 1920, embora tenha vindo para Lisboa apenas com 5 anos.

Uma estilista do fado, que durante anos explorou uma casa de fados bem conhecida em Lisboa com o nome de Faia.

Faleceu em 1999 depois de doença prolongada.

Quem por amor se perdeu
Não chore, não tenha pena
Uma das santas do céu
Foi Maria Madalena

Desse amor que nos encanta
Até Cristo padeceu

Para poder tornar santa
Quem por amor se perdeu


Jesus só nos quis mostrar
Que o amor não se condena

Por isso, quem sabe amar
Não chore, não tenha pena


A Virgem Nossa Senhora
Quando o amor conheceu

Fez da maior pecadora
Uma das santas do céu


E de tanta que pecou
Da maior á mais pequena

Aquela que mais amou
Foi Maria Madalena


Creditos : Letra retirada de Fados no fado




domingo, 6 de julho de 2008

Avé Maria fadista



Gostos não se discutem, mas duvido que alguém verdadeiramente amante do fado, possa dizer que não gosta de ouvir Margarida Bessa. Este fado é muito antigo a letra é de Gabriel de Oliveira a música do Fado Vianinha de Francisco Viana.

Margarida Bessa é alentejana e foi professora de francês e português, antes de se dedicar por inteiro à sua carreira fadista .

Este fado está incluído num trabalho editado em
1997, com o seu nome


Avé Maria sagrada

Cheia de graça divina

Oração tão pequenina
De uma beleza elevada.

Nosso Senhor é convosco,

Bendita sois vós, Maria.

Nasceu vosso Filho, um dia,
Num palheiro humilde e tosco.

Entre as mulheres bendita,
Bendito é o fruto, a luz,
Do vosso ventre, Jesus,

Amor e graça infinita.


Santa Maria das dores,
Mãe de Deus, se for pecado,
Tocar e cantar o fado,

Rogai por nós pecadores.

Nenhum fadista tem sorte,
Rogai por nós Virgem Mãe.

Agora, sempre e também

Na hora da nossa morte.