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domingo, 5 de janeiro de 2014

Olhos esquivos

Além dum breve referência ainda não tinha trazido aqui um fado cantado ao estilo do fado Cuf de Alfredo Marceneiro, criado nos anos 30 do século passado quando Alfredo Marceneiro trabalhava nos estaleiros navais daquela empresa.

Para cantar um clássico só outro clássico do fado de novo aqui António Rocha neste fado cuja letra é de sua autoria


Não sabes quanto os teus olhos me intrigam,
Tão fugidios, pouco se deixam ver
Talvez tenhas receio que me digam,
O que não tens coragem de dizer.

Olhos que me pertubam os sentidos,
Cor da esperança que encheu meu coração,
Porque os trazes assim tão oprimidos,
Sempre escondidos, sempre olhando o chão

Afasta dos teus olhos a tristeza,
Deixa-os sorrir p’ra vida, que é tão breve,
Dá-me desses dois círios a beleza,
Para que minha cruz seja mais leve.

Olha-me bem de frente, com ternura,
Para que nos teus olhos possa ler,
Verdades que desejo com loucura,
E tu não tens coragem de dizer

(um abraço  a José Fernandes de Castro)


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Resta-me a esperança

ANTÓNIO ROCHA é não só um reconhecido talentoso fadista, estilista notável, como um poeta de mérito. Começou a cantar aos 8 anos, e aos 13 conquistou o 1º lugar do concurso do jornal Ecos de Portugal (1951).

Assim começa o notável blogue de musica de jjsilva, onde para além de poder saber mais de António Rocha, se podem ouvir mais uns quantos fados deste grande senhor do fado

Mais um fado cantado sobre a música da marcha de Alfredo Marceneiro

Mais um dia sem te ver,
menos um dia de vida,
sem te ouvir sem te falar,
porque vieste acender,
esta chama adormecida,
que eu não queria despertar.

Quanto mais foges de mim
tanto mais perto te sinto,
menos consigo esquecer-te
mas se apareces por fim,
vejo-me num labirinto
onde receio perder-te

O amor que em mim despertaste,
é rio que corria manso,
e hoje transborda do leito,
falei-te não me escutaste
estendo os braços não te alcanço.
aumenta a angustia em meu peito

Angustia que não se cansa,
desde dia em que te vi
que me prendeu em teus laços
resta-me apenas a esperança
que não fujas mais de ti
e te entregues em meus braços


sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Sombra fugidia

Pronto para corrigir um lapso, pelo facto de não ter neste blog um fado menor cantado por António Rocha.

Embora não goste de adjectivar artistas, para muitos António Rocha, é o rei do fado menor, eu concordo é magistral e por certo um dos maiores

Esta letra é de sua autoria

Vem ó sombra fugidia
folha verde em meu Outono
gota cristalina e fria
nesta sede de abandono

Vem ó sombra fugidia
folha verde em meu Outono

Verde esperança sem sentido
onda revolta de mar
onde navego perdido
em busca do teu olhar

Verde esperança sem sentido
sentido de te alcançar

Vem enquanto a lua espreita
dorme o Sol em meu passado
E a saudade se deita
no meu leito abandonado

vem enquanto a lua espreita
o teu corpo imaginado

Trás uma nova alvorada
ao escurecer da minha idade
que já se sente cansada
de esperar tua verdade

Trás uma nova alvorada
pra matar essa saudade



quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Procura vâ

Mais uma letra de António Rocha, interpretada pelo próprio sobre música de Armando Machado no fado súplica


Andei à tua procura
na rua do esquecimento
procurei mas não te vi,
nessa noite fria e escura
ouvi apenas o vento
que veio falar-me de ti

Não sei se o vento mentiu
ou me disse com verdade
coisas que nem adivinhas
pois contou-me que te viu,
na travessa da saudade
e tinhas saudades minhas

Fui lá mas não vi ninguém,
apenas a voz do vento
me deixou triste e surpreso
porque te viu com alguém
nesse preciso momento
junto ao beco do desprezo

Cansado de procurar-te
ruas e ruas em vão
e tu sem nunca apareceres
resolvi então esperar-te
no largo da solidão
podes vir quando quiseres



domingo, 8 de março de 2009

Rouxinol do choupal


António Rocha não é apenas um fadista e muito menos um fadista qualquer, é um homem que também têm uma carreira ligada ao fado , como autor de inúmeros fados.

Quem quiser saber mais de António Rocha pode ler aqui, de onde aliás tirei esta foto do artista.



Este fado tem

Letra de Fernando Teles Música de Joaquim Campos fado Vitória


Ainda o sol não mostra o dia
Já nos troncos do choupal
Da linda serra aldeã;
O rouxinol desafia,
A toutinegra real,
Que espera a luz da manhã

Quando à linda luz do sol
Oiço o meu amor cantar
Com sua voz feiticeira
Julgo ouvir um rouxinol
Numa noite de luar
Junto á fonte, ou á ribeira

Quem me dera possuir
A voz que o rouxinol tem
Sem ter outra que o afronte
Havia de conseguir
Entreter-me com meu bem
Na ribeira, ou junto á fonte