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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Chora guitarra


António Severino um grande fadista volta aqui para interpretar este lindo fado de António Reisinho um poeta e homem do fado, que muitos fados lhe tem entregue

Quando a gente tem um fado,
um fado, que descreve a nossa dor
sentimos que ao nosso lado,
vive um poema perdido,
que chora, com a gente
o nosso amor.

Quando a gente tem saudade
saudade, duma guitarra que chora,
choramos a felicidade,
e cantamos num gemido,
um fado que se tem pla vida fora.


Chora guitarra
chora chora minha amiga,
que o pranto duma cantiga
é a voz dum coração

Chora guitarra
chora chora que o teu fado,
é o pranto amargurado,
que eu choro nesta canção.

Quando a gente perde a noite,
a noite, nos braços da madrugada,
sofremos como um açoite,
as lembrança do passado,
passado, duma vida amargurada,

Quando a gente perde o sono,
o sonho, onde se ama a sonhar
ai meu amor que abandono,
nos poemas dos meu fado
quando a guitarra
se põe, a chorar


quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Fui ao baile


Volto a trazer aqui a Maria do Carmo (Micá) que gosto muito de ouvir e não sei por onde anda, que pena não existir um sítio onde possamos saber onde estão, onde cantam os nossos fadistas.

Trata-se tão mal o fado em Portugal


Aqui canta uma letra de Amadeu do Vale e música de Fernando de Carvalho, que segundo informação recolhida terá sido criado para a saudosa Fernanda Baptista

Vesti a blusa nova estreei o meu xaile

Para contigo ir ao baile e dançar juntinha a ti

E até, p'ra tu me achares mais airosa e vistosa

Pus no cabelo uma rosa e chinelinha no pé


Mas mal entraste, bem vi que falaste c'oa Rosa Maria

Aquela que namoraste na Rua da Mouraria

P'ra não te dar o prazer de mostrar todo o meu azedume

Peguei o xaile e calei-me, e afastei-me sem um queixume


Fingi não ver e fui dançar

Com um rapaz que me andava a fazer um namoro a valer

P'ra comigo casar

Julgavas ter com quem brincar

Mas vê bem como tu te iludiste, quando no baile me viste

Nos braços dum outro a bailar


Saí depois do baile era já madrugada

Mas desta abraçada já a outro e não a ti

E vi que tu e a Rosa Maria se riram

Quando na rua assistiram ao abraço que eu lhe dei


Como é costume, bem vi no azedume do vosso embaraço

Que os torturava o ciúme, por ir com outro p'lo braço

E vi depois zangarem-se os dois, porque tu lhe disseste

Que estavas desiludido e arrependido do que fizeste



Os meus agradecimento ao fados no fado pela letra que usurpei



quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Mais um dia

Este fado cantado por Pedro Moutinho pertence ao seu disco Um copo de sol apresentado em Abril deste ano onde , canta poetas como Ana Carolina (Passo Lento), Tiago Bettencourt (Vou-te levando em segredo), Pedro Campos (Lisboa tu és assim), Aldina Duarte (Primeira Dança), Rogério Oliveira (Paradoxos do amor), Pedro Tamen (Palavras Minhas), Manuela de Freitas (Sem sentido e Quando Lisboa) e Jorge Rosa (Mais um dia) - estes dois últimos nunca antes cantados pelo fadista.



Uma letra de Jorge Rosa com música do Fado meia-noite de Filipe Pinto

Hoje o dia amanheceu
Tão triste, tão triste
Como sempre aconteceu
Desde o dia em que partiste

Chorou o céu, chorei eu
Chorou tudo quanto existe
Hoje o dia anoiteceu
Tão triste, tão triste

Mais um dia, um dia a mais
Mais um dia sem calor
A juntar á minha dor
A acrescentar aos meus ais

Mais uma jornada fria
Longe dos meus ideais
Longe da minha alegria
Mais um dia mais, um dia a mais

Os meus agradecimentos ao Fados no fado pela letra deste fado