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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Quem me dera ser o vento

Marco Rodrigues nascido que nos Arcos de Valdevez vem para Lisboa com a mãe, o fado entrou-lhe pela vida dentro sem pedir licença.

Marco Rodrigues acompanha-se muitas vezes à viola.pois como ele diz Sinto-me muito mais confortável sendo eu a tocar viola porque a minha forma de estar na música, ao vivo, é um pouco irreverente. Gosto de controlar as dinâmicas, os andamentos, de ser eu a segurar o todo. Quando se concentra essa energia só a cantar é fantástica. Mas quando se concentra essa enegria a cantar e a tocar, levando as dinâmicas lá para cima ou cá para baixo, ainda é melhor”.

Ele canta aqui esta letra de Rui Manuel para o fado 3 bairros de Casimiro Ramos


Quem me dera ser o vento
pra levar ao esquecimento
qualquer lembrança de ti,
e as leves folhas do Outono
transportassem sem retorno
tantas mágoas que vivias.

Quem me dera ser a lua,
para espreitar cada rua,
em que passámos os dois
ser uma nuvem teimosa,
que chovesse impiedosa,
para nos apagar depois.

Quem me dera ser o vento
que não passasse tão lento,
dentro de mim a doer,
ser a urgência dum beijo,
que me matasse o desejo,
e esta sede de te ver.

Quem me der ser verdade,
quer matar esta saudade,
tão grande do teu olhar,
quem me dera que quisesses,
o amor que me oferecesses,
todo o amor que quero dar.


quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A lua e o corpo

Chico Madureira é considerado no meio fadista como um dos mais importantes intérpretes da sua geração e ao mesmo tempo um mestre e uma grande referência para os mais novos.
Assim se escreveu sobre ele no blog fado.com

Subscrevo essa afirmação como se pode comprovar pela audição deste fado de Rui Manuel sobre o Versículo de Alfredo Marceneiro.

A opção para contacto com Chico Madureira será (julgo eu )

OCARINA
R. Quinta De Santa Marta, 2 L - 1495-171 ALGÉS
Tel. 214 121 136 • Tlm. 969 002 573 • Fax. 214 121 140
www.ocarina-music.pt • ocarina@ocarina-music.pt • ocarina@ocarina-music.pt

Eis que a lua devagar te vai despindo
Atrevendo uma carícia em cada gesto,
De igual modo é que a nudez te vai vestindo
E o teu corpo condescende sem protesto.


Mal os ombros se desnudam, surge o peito
Logo o ventre no desenho da cintura
Cada músculo detém o mais perfeito

Movimento, em sincronia com a ternura

Já as ancas se arredondam e projectam

Sobre as coxas, sobre os vales, sobre os montes

Onde as vidas, noutras vidas se completam

Quando o tempo é um sorriso, ou uma fonte


Fica a roupa amontoada junto aos pés

Quer dos teus, quer dos da cama que sou eu

Estendo a mão, apago a lua, que a nudez
Do teu corpo, fica acesa, sobre o meu




terça-feira, 31 de março de 2009

Morreu um poeta



Ainda não tinha aqui trazido Artur Batalha, para muitos, ainda o "Príncipe do Fado", muito embora já seja um veterano com muitos anos de fado, mas no tempo em que ele começou, havia um rei, Fernando Maurício e não me consta que o título tenha sido atribuído a alguém, depois da sua norte.


Gosto de ouvir o Artur Batalha, que ressurgiu dos seus problemas que duraram uns anos a passar, mas está de novo em forma.

Artur Batalha faz actualmente parte do elenco do Restaurante Os Ferreiras, em Lisboa na Rua de S.Lázaro, onde pode ouvir-se fado todas as 6ªfeiras e sábados

A letra deste fado é de Rui Manuel e a música de Vital d Assunção e foi uma criação original do Chico Madureira

Silêncio... hoje morreu um poeta
E a carne morreu esquecida
Como esquecida viveu
Silêncio... hoje morreu um poeta
Que espalhou rimas de vida
Nos poemas que escreveu

Fez rimar terra com pão
Emigrante com fronteira
E rimou humilhação
Com repulsa e bebedeira

Fez um berço de poesia
Bem na ponta dos seus dedos
Rimou dôr com alegria
E criança com brinquedos

Fez rimar ponte com rio
Pescador com tempestade
Rimou estiva com navio
Grilhetas com liberdade

Na inspiração maior
Que um verso pode conter
Rimou amor com amor
E ternura com mulher