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terça-feira, 3 de maio de 2016

Pontas soltas

Achei interessante, apenas isso esta dupla




Letra de Maria do Rosário Pedreira música de Joaquim Campos fado do castanheiro

Dizem que já não me queres
Que há outro na tua vida
E que é dele que tu gostas
São as línguas das mulheres
Que vinham lamber-me a ferida
Se me virasses as costas

Se eu não levo isso a peito
Nem olho para a desdita
Como coisa que se veja
Tu tens de perder o jeito
De ser sempre a mais bonita
E despertar tanta inveja

Dizem que já me enganaste
Soprando no meu ouvido
Fados de rara beleza
Não sei se me atraiçoaste
Mas eu senti-me traído
Mesmo sem ter a certeza

Nada disto acontecia
Se desses as tuas voltas
Sempre, sempre, ao meu redor
Tens de perder a mania
De deixar as pontas soltas
Na história do nosso amor


quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Andorinhas

Carlos do Carmo fez no passado dia 21 de Dezembro, 70 anos. Filho de Lucília do Carmo, imagino que nem ele próprio saberá quantos anos tem de carreira fadista, porque calculo que terá tantos quantos de vida mais os de tempo de gestação.

Nasceu no fado e não sou eu que vou acrescentar seja o que for à história por demais conhecida da importância que ele tem para o fado em Portugal


Letra de Frederico de Brito música de Lino Bernardo Teixeira na Fado Guinginha

Eu vi partir no mês de Outono as andorinhas
E uma vi eu, querer-se mostrar mais desenvolta
Que chilreado elas faziam, coitadinhas
Talvez dizendo o seu adeus, até á volta

Essa ficou junto ao beiral do meu telhado
Eu estranhei de não a ver partir com as mais
Porque afinal nessa manhã de sol doirado
Tudo saiu, tudo abalou dos seus beirais

Tempo depois, tornei a vê-la entristecida
Junto do ninho onde se ouvia outro piar
O companheiro ali ficara de asa ferida
Sem se mover, sem forças ter para voar

Nada faltou, nem até um gorjeio terno
Naquele ninho, onde a amizade é tão sincera
Que Deus lhes dê suave e quente, o duro Inverno
E faça vir o mais depressa, a Primavera