Este blogue é uma homenagem a todos os que amam o FADO. Estão totalmente reconstruídos todos os posts, mas agradeço que sempre encontrem alguma anomalia ma comuniquem
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
§saudades da madrugada
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Pela cidade passeei
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Confessando
Simbolicamente retomo com Fernando Maurício , com a mais lindo dos tradicionais o Fado Cravo, e uma letra de Jorge Fernando que fala sobre a presença eterna da nossa mãe, junto de nós, mesmo quando fisicamente nos deixa,
Esta carta minha mãe
É o espelho onde o teu filho
Se desnuda totalmente;
O fogo que o vinho tem
Acendeu este rastilho
E a coragem de ser gente
É por ela, sim confesso
Que de segundo a segundo
Bebo a febre de morrer,
Mas quando a vires, só te peço
Não lhe contes o meu mundo,
Neste meu quarto isolado
O vinho que vou bebendo
Sobrevivo neste fado,
Muito embora eu a perdendo,
A letra como acontece muitas vezes é uma referência que retirei do Fados do fado a quem como sempre agradeço realçando o grande trabalho em prol do fado
quinta-feira, 5 de julho de 2012
Fado da herança
A outra interperete que aqui canta com ela não é preciso referir mais nada basta dizer que se trata de Argentina Santos que referirei aqui em breve
O mistério porém é o facto deste alexandrino da autoria de Jorge Fernando, que ela aqui canta, estar referência na música como o fado Pierrot de Alfredo Marceneiro, quando é a mesma música do seu menor em Versículo.
Sem dúvida que se trata da mesma música e o facto do próprio Alfredo Marceneiro ter cantado um fado a que chamou Pierrot com letra de Linhares Barbosa, em versículo, não justifica, quanto a mim, que se estabeleça confusão
Eis a letra que retirei do blog Fados do fado, a quem como sempre agradeço
Cantado por Argentina Santos
sábado, 30 de junho de 2012
Lei da vida
Gastei contigo
parte da vida
que já vivi,
jamais consigo
ser o quer era
se te perdi,
ontem gostaste
hoje cansaste
de me querer bem,
é lei da vida
tudo o que nasce
morre também
Amor sincero
chego a pensar
que no teu peito,
não pode entrar
amor sincero
nunca peças para te dar,
amor sincero
só pode haver
quando são dois,
a querer viver
amor sincero
toda a vida
até morrer
Não vejo jeito
para entender
tua vontade,
que no meu peito
em vez de amor
haja amizade,
qual de nós dois,
vera depois
que está errado
nem tu nem eu
pode esquecer
o amor passado
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Olhos fatais
A sorte que Deus me deu
e que sempre hei-de lembrar,
embora não seja ateu,
julguei encontrar o céu,
na expressão do teu olhar
Neste mundo mar de escolhos
Unindo os nossos destinos,
E nesta vida de abrolhos,
para mim teus lindos olhos,
eram dois céus pequeninos
No espelho do teu olhar
vi dois céus em miniatura
e para mais me encantar
iam-se neles mirar
na minha própria ventura
(esta só marceneiro cantava)
E tão mística atracção
tinha teu olhar profundo
que em sua doce expressão
eram um manto de perdão
sobre as misérias do mundo
Mas deitaste-me ao deserto
deste mundo enganador
hoje o teu olhar incerto
já não é um livro aberto
em que eu lia o teu amor
Enganaste os olhos meus
nunca mais te quero ver,
meus olhos dizem-te adeus,
teus olhos não são dois céus
são dois infernos a arder.
Coração pra amar a fundo
outro coração requer
se há tanta mulher no mundo
vou dar este amor profundo
ao amor doutra mulher
domingo, 17 de junho de 2012
Igreja de Santo Estevão
Estão aqui várias curiosidades, que começam pelo interprete o grande poeta António Torre da Guia, depois o fado uma abordagem diferente do fado Igreja de Santo Estevão o conhecido fado de Gabriel de Oliveira, normalmente cantado na musica do fado Vitória e que Fernando Maurício tornou imortal como ele próprio. Aqui Torre da Guia canta sobre uma das minha músicas preferidas o fado Maria Rita também conhecido como Fado de Santa Luzia de Armando Machado
Isto demonstra bem a capacidade que há de cantar o fado, renovando poemas conhecidos cantando-os sobre outras música e que permite, como aqui se demonstra, descobrir novas sonoridades.
Porque não tentam fazê-lo mais vezes os fadistas ? Neste caso Torre da Guia como poeta que é, sabe muito bem que as sextilhas deste poema não precisam de ser cantadas sempre sobre a música do fado Vitória
Depois a gracinha final da quadra de sua autoria, uma preciosidade
domingo, 10 de junho de 2012
Ovelha negra
Quando se canta o fado, sem que as palavras façam doer na alma de quem ouve, é sinal que saíram por acaso boca fora de quem as disse e isso sente-se, eis a razão porque vozes estupendas não triunfam junto de quem as ouve e outras quase sem explicação aparente permanecem eternamente na memória de quem ama o fado.
Este é o caso de Helena de Castro, basta ouvi-la uma noite para se perceber que cada fado que canta, nunca lhe é indiferente ainda que saibamos que o cantou centenas de vezes.
Voltei a reencontra-la,numa noite de fado em Portimão, no café Nacional onde acontece fado de 15 em 15 dias sempre com a presença do guitarrista Ricardo Martins e do viola Aníbal Vinhas
Este fado é um poema de João Dias aqui cantado sobre a música do fado 3 bairros de Casimiro Ramos
Chamaram-me, ovelha negra,
Por não aceitar a regra,
De ser coisa, em vez de ser,
Rasguei o manto do mito,
E pedi mais infinito,
Na urgência de viver.
Caminhei vales e rios,
Passei fomes, passei frios,
Bebi água dos meus olhos,
Comi raízes de dor,
Doeu-me o corpo de amor,
Em leitos feitos de escolhos,
Cansei as mãos e os braços
Em negativos abraços
Em que a alma, foi ausente,
Do sangue das minhas veias,
Ofereci taças bem cheias,
Á sede de toda a gente
Arranquei, com os meus dedos,
Migalhas de grãos, segredos
Da terra, escassa de pão,
E foi por mim que viveu
A alma que Deus me deu,
Num corpo feito razão
Fonte ; blog de Ricardo Martins
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Grande amor
De Ricardo Ribeiro, pouco posso acrescentar, é só um dos maiores interpretes do nosso fado e com o seu grande mestre Fernando Maurício, aprendeu e tenho a certeza vai guardar em toda a sua vida a enorme modéstia de se considerar sempre a aprender e a amar o seu público e nunca perder de vista a dicção e a respeitar a pontuação de cada poema, para que apareça "limpo e claro" aos ouvidos de quem o ouve.
Hoje domina por completo a sua potente voz, sabendo que cantar o fado não é gritar, o melhor fadista não é o que rebenta os tímpanos de quem o ouve, mas aquele que sabe tocar na nossa alma e para isso acontecer têm que empenhar a sua
Vem ver o sol nascer, no meu olhar,
Com raios de ilusão, no meu presente,
E deixa o teu passado, naufragar,
No mar do meu futuro, eternamente
Apaga do meu triste, pensamento
As minhas noites frias, sem te ver
E traz-me a primavera, em vez do vento
Que vou voltar á vida, p'ra viver
Há quanto tempo fomos, tão amantes
P'ra inundar o sonho, destruído
Vivemos nossas vidas, tão distantes
Que o nosso amor viveu, quase perdido
Mas já não há mais tempo, p'ra chorar
E ambos somos livres, novamente
É hora de voltarmos, a cantar
O nosso grande amor, a toda a gente
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Era já tarde
O fado é cantado pela Micá, de quem não tenho notícias, desejando que ainda esteja entre nós
Era já tarde
quando o fado conheci,
e sem alardes
quis falar-lhe de saudade,
mas na verdade para mim,
lembrar de ti,
do grande amor que perdi
era tarde muito tarde
Pedi ao fado ,
que me desse outro caminho,
ficasse ele com a saudade
que eu queria ficar sozinho,
ele respondeu que
o pedido era escusado
porque o fado e a saudade
andavam de braço dado
Era já tarde
quando o fado abandonei
e fui covarde
tive medo da saudade,
com ansiedade
eu ainda a procurei
quando a saudade encontrei
era tarde muito tarde
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Rouxinol da Ribeira
domingo, 6 de maio de 2012
Minha mãe, eu sou do tempo
Da força que a água tem
Sou do mistério do vento
Que não sabe donde vem.
Esta voz que canta em mim
Não a canta mais ninguém
Sou do Mistério do Fado
Que não sabe donde vem.
Minha mãe, dai-me o Talento
Que só o Poeta tem
Eu sou como o próprio vento
Que não sabe donde vem.
Minha mãe, o vosso amor
Pouco ou nada quase tem
Sou como a própria flor
Que não sabe donde vem.
Minha mãe, eu sou do tempo
Da força que o Fado tem
Sou do Mistério do vento
Que não sabe donde vem
sábado, 21 de abril de 2012
Tu andas-te a vingar
Este fado é muito antigo, um poema de Gabriel de Oliveira que terá nascido em 1891, em Lisboa. vindo a morrer na Figueira da Foz em 1953.
Apoiante de Sidónio Pais, terá mesmo posto ao serviço deste político alguns barcos, o que lhe valeu a alcunha de marujo almirante.
Manteve uma longa ligação com a cantadeira Natália dos Anjos, das suas composições contam-se algumas das mais clássicas letras do repertório fadista como é o caso de Igreja de Santo Estêvão,
Inspirando-se alegadamente ao gosto do rei D. Carlos pela guitarra e pelo Fado, escreveu a letra do Fado, O Embuçado. Originalmente criado por Natália dos Anjos, a música foi composta pelo guitarrista José Marques Piscalarete, que lhe deu o título de Fado Natália que, como tema musical, entraria igualmente no repertório fadista com outras letras. Os restos mortais de Gabriel de Oliveira repousam na Cripta dos Combatentes da Grande Guerra, em Lisboa.
Telefono pra ti, tu não atendes
Se sigo os passos teus, foges de mim
Dou-te o meu coração, não compreendes
Ou tens um certo orgulho em seres assim
Eu sei que amaste alguém que te não quis
E que sofres talvez de arrependida
Mas por teres sido um dia tão infeliz
Não quero dizer que o sejas toda a vida
Tu andas-te a vingar do mal que alguém te fez,
Alguém que te enganou,
Que amaste e te deixou, sem penas nem porquês
Tu andas-te a vingar, mas crê que sou capaz,
De sofrer teu rancor,
A dar-te o mesmo amor, que a esse alguém tu dás
Foge ao passado e vive o teu presente
Sem duvidares do muito que eu te dou,
Não me queiras pagar tão cruelmente,
Na moeda que o outro te pagou.
Que importa teres sofrido uma traição,
Daquele a quem amaste com fervor,
Não é renunciando ao coração,
Que alguém pode vingar um falso amor.
Letra retirada do excelente blog Fados do fado
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Traz até mim
Para cantar este fado trago de novo aqui José Manuel de Castro, um grande fadista de Lisboa.
Traz até junto a mim, os sonhos irreais
De ninfas e castelos perdidos no além,
O crepitar da chama, o verde da verdura,
O riso da criança traz até junto a mim.
Se podes traz também, vendavais de alegria,
Tufões de felicidade, o azul do firmamento,
A brancura da espuma, o sabor da verdade,
Para embelezar a hora, do meu primeiro encontro,
Despido da matéria, voando livremente,
Irei á entrevista, para receber de ti,
Bálsamo para o sofrimento, fragmentos de luar
Na vasta imensidão do teu profundo olhar
quinta-feira, 29 de março de 2012
Uma vida noutra vida
Talvez o mesmo caminho
Seja agora mais sombrio,
Talvez por andar sozinho
Corre o sol atrás do frio.
Em silêncio um coração
Acorda a casa vazia,
Não permite a ilusão
Fingir a dor que trazia.
Porém insisto em mostrar
Que o amor desaparece
Numa vida a despertar
Noutra vida que adormece.
Talvez a lua não queira,
Dizer nada a quem partiu
Talvez à sua maneira
Diga adeus ao que sentiu.
sexta-feira, 2 de março de 2012
Sou como a água do rio
Pode ler-se mais sobre Lenita Gentil pela "voz autorizada" de Vitor Duarte Marceneiro no seu blog Lisboa no Guiness
Aqui na sua magnífica voz, de quem pode cantar tudo o que quiser, porque nunca o fará menos bem, apresento num poema de Mário Martins para a música do fado Tamanquinhas de Carlos Simões Neves
Se fui rio já me não lembro,
Só sei que corri demais,
Numa busca de oceano,
Num esforço desumano,
De banhar praias iguais.
De encontro ás margens, feri-me
Mas o instinto era a foz,
Nem diques me detiveram
E as fontes que me esqueceram
Enriqueceram-me a voz
No meu canto há branca espuma,
E há sedimentos de lodo,
E se há momentos de calma,
Eu convido a minha alma,,
A reflectir o céu todo.
As pontes que me atravessam,
São as certezas que tenho,
Que ao cantar de olhos fechados,
Vejo os pólos limitados,
E o mundo do meu tamanho.
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Resta-me a esperança
Assim começa o notável blogue de musica de jjsilva, onde para além de poder saber mais de António Rocha, se podem ouvir mais uns quantos fados deste grande senhor do fado
Mais um fado cantado sobre a música da marcha de Alfredo Marceneiro
Mais um dia sem te ver,
menos um dia de vida,
sem te ouvir sem te falar,
porque vieste acender,
esta chama adormecida,
que eu não queria despertar.
Quanto mais foges de mim
tanto mais perto te sinto,
menos consigo esquecer-te
mas se apareces por fim,
vejo-me num labirinto
onde receio perder-te
O amor que em mim despertaste,
é rio que corria manso,
e hoje transborda do leito,
falei-te não me escutaste
estendo os braços não te alcanço.
aumenta a angustia em meu peito
Angustia que não se cansa,
desde dia em que te vi
que me prendeu em teus laços
resta-me apenas a esperança
que não fujas mais de ti
e te entregues em meus braços
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Maria da Cruz
Chamava-se ela Maria,
De sobrenome da Cruz,
E na aldeia onde vivia,sorria
Vivia, na paz de Jesus
Tinha um amor, a quem ela
Seu coração entregara
Junto ao altar da capela
Singela, onde ela
Paixão lhe jurara
Mas certo dia,
Veio a saber-se na aldeia
Que o seu pastor lhe mentia,
Que esse amor se lha extinguia
Como a luz de uma candeia
Desiludida, do seu amor, a Maria
Deixou o lar e, perdida,
vem cair desfalecida
Num portal da Mouraria
Sofreu a dor d amargura,
Perdeu o viço e a cor.
E não voltou à ventura,
À doçura, à ternura,
Do amor do pastor
E hoje por cruz, a Maria,
Que é da Cruz, por seu fadário,
Arrasta na Mouraria
A cruz da agonia,
A cruz do Calvário
Ainda canta
Uma canção quase morta,
Mas o estretor na garganta,
Oiço já, quando ela canta,
Ao passar à sua porta
Não tarda o dia
Em que ela, enfim, já vencida,
Terminará a agonia
De arrastar na Mouraria
Toda a cruz da sua vida
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Confissão
Falo aqui de António de Jesus um fadista de mão cheia, já veterano por certo, que não me canso de ouvir e que deveria ter maior projecção em todo o País.
Agradeço a fpalhinhas que editou um vídeo deste fado que não sei a autoria, (agradeço quem souber me informe) cantado sobre a Marcha de Alfredo Marceneiro e que me permitiu fazer aqui esta referência.
No meu outro blog o Guarda fados, onde coloco edições doutros colegas, pode ouvir-se mais de António de Jesus, no ambiente castiço, num desse locais onde se pode ouvir muito fado amador
Ó minha mãe santa e bela
perdoa me se te desgosta
a minha resolução
mas eu não gostava dela,
e a gente quando não gosta,
não engana o coração.
Das coisa mais sublimes,
é ter no peito um cantinho,
para guardar a nossa dor,
e um dos mais graves crimes
é aceitar um carinho,
pagando com falso amor.
Ó minha mãe não a quero,
são santos os teus esforços
mas a minha vida é assim
não a querendo sou sincero
e não sentirei remorsos
de a ver perdida por mim
Ó minha mãe vais saber,
a causa do meu desgosto,
que me faz pensar assim,
é porque eu ando a sofrer,
por outra de quem eu gosto,
e que não gosta de mim,
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Testamento
Letra de Alda Lara música de JJ Cavalheiro Júnior-fado menor do porto
Á rapariga mais nova
Do bairro mais velho e escuro
Deixo os meus brincos lavrados
Em cristal límpido e puro
E aquela virgem esquecida
Sonhando alto uma lenda
Deixo o meu vestido branco
Todo tecido de renda
E este meu rosário antigo
De contas da côr dos céus,
Ofereço-o aquele amigo
Que não acredita em Deus
E os livros, rosários meus
Das contas doutro sofrer
São para os homens humildes
Que nunca souberam ler
Quanto aos meus poemas loucos
Esses que são só de dor
E aquele que são de esperança
São para ti, meu amor
P’ra que tu possa um dia
Com passos feitos de lua,
Oferece-los ás crianças
Que encontrares em cada rua
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Maldição
Malditos os olhos meus
quando encontraram os teus
e por eles me perdi,
se os meus olhos te não vissem,
talvez ainda sorrissem,
e não chorassem por ti
Malditos os beijos que dei
esse beijos que eu guardei,
para te oferecer com calor,
beijar quem nos faz sofrer,
antes morrer sem saber
o que é um beijo de amor.
Malditos os tempos vividos,
que por ti foram esquecidos,
e que eu não posso esquecer,
Maldito o meu coração,
que sofre esta maldição,
e não deixa de te querer,
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Será pecado
Será, que este amor é loucura,
será que a nossa ternura,
é crime sem ter perdão,
será, que esta lei faz sentido,
será mesmo proibido,
morar em teu coração.
Será pecado
amar-te assim ,
será maldição
ter esta paixão
cá dentro de mim,
se ninguém pode,
mudar seu fado,
dizei-me senhor,
se este nosso amor,
será pecado.
Será ,que é um mal sem medida,
sentir a vida perdida
se não oiço a tua voz,
será,que ninguém neste Mundo,
sentiu um amor tão profundo,
e amou,assim com nós