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quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Sinas trocadas

Fernando Jorge um grande fadista com alguns discos editado, canta este fado com letra de João Alberto



Cigana dos sonhos meus
cautela que é falsidade
juraste pelos olhos teus
que me disseste a verdade
Andas praí a dizer
as paixões que há por aí
melhor deve saber
quem as tem dentro de si

Cigana leste a minha sina,
nela disseste o mal e o bem,
duma mulher, a quem eu quero
como a ninguém.

Nesta ansiedade, vivo a sofrer

mas a verdade, vou por a nu
sabes quem é, essa mulher
cigana és tu

Tens na tua rotina,
sempre a falar em paixão,
noto por minha má sina,
que tu não tens coração.

Se o tivesse com certeza

sentias o que eu senti,
minha alma triste andar presa,
não á sina mas a ti,




segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Sete esperanças sete dias

Novamente João Braga , numa letra de Manuel de Andrade com música de Alfredo Marceneiro e a sua Marcha


Sete esperanças sete dias
Era tudo o que trazias
Nada mais me querias dar
Sete ventos te trouxeram
Mais outros sete vieram
mais tarde pra te levar


Teus olhos vinham de longe
Teus olhos vinham de longe
De mais longe que os teus passos
Vitórias fáceis de mais
Deste-os em beijos iguais
Sete dias nos meus braços

Brancos lírios não mos deste
Nem esse perfume agreste
Que nos teus olhos trazias
Vinhas de mãos estendidas
Trazer-me em frases mentidas
Sete esperanças sete dias



sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Chaves da vida


Maria do Carmo a popular Micá
, canta este fado com letra de Júlio de Sousa e música de Moniz Pereira

Eu tinha as chaves da vida e não abri
As portas onde morava a felicidade
Eu tinha as chaves da vida e não vivi
A minha vida foi toda uma saudade

E tanta ilusão que tinha e foi perdida
Tanta esperança no amor foi destroçada
Não sei porque me queixo desta vida
Se não quero outra vida para nada

Se foi p'ra isto que nasci / Se foi p'ra isto que hoje sou
Se foi só isto que mereci / Não vou, não vou
Podem passar bocas pedindo / Olhos em fogo, tudo acabou
Pode passar o amor mais lindo / Não vou, não vou

Eu tinha as chaves da vida e fui roubada
Mataram dentro de mim toda a poesia
Deixaram só tristeza e mais nada
E a fonte dos meus olhos que eu não queria




quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Anda comigo vou falar de esperança

Teresa Tarouca canta este fado com letra de Lima Brumman e música de Fontes Rocha


Anda comigo vou falar de esperança
da vida que ainda agora principia
perde essa amarga e vã desconfiança
toma a minha mão de amigo e confia

Anda comigo eu canto as tuas dores
sou mais poeta sendo teu irmão
nesta densa floresta sem flores
o sangue e a alma são o mesmo pão


Anda comigo além na clareira
há uma fonte pra matar a sede
a agua é pura livre não se negue
e corre simples para quem a queira

Anda comigo vou falar de esperança
Anda comigo fazer a sementeira

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terça-feira, 14 de agosto de 2007

Tu não me digas

Na voz duma grande fadista Maria da Nazaré que canta este fado letra e música de Santos Moreira, do Fado moreninha


Tenho a certeza
que já não gostas de mim
nem com certeza
sofria o que já sofri

Podes passar
agora pela minha porta
podes parar
que a minha crença
está morta


Pode dizer
que já não sentes ciume
que já se apagou o lume
que aquecia o nosso amor
Podes dizer
que já não gostas de mim
que o teu amor teve um fim
e que até me tens rancor


Triste ilusão
que um dia lá partiste
por compaixão
nem sequer te despediste

Hás de pagar
o desgosto
que me deste
hás de pagar
todo o mal que me fizeste

Tu não me digas
que já não sentes ciumes
que já se apagou o lume
que aquecia o nosso amor
Tu não me digas
que já não gostas de mim
que o teu amor teve um fim
e que até me tens rancor

Caso não consiga ver o clip clicar >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> AQUI



sábado, 11 de agosto de 2007

Fiz leilão de mim

Para muita gente será uma surpresa ouvir Max cantar o fado. Para mim foi um dos maiores de sempre.

Esta letra é de Artur Ribeiro (clicar) e a música de Max

Talvez de razão perdida
quis fazer leilão da vida
disse ao leiloeiro
venda ao desbarato
venda o lote inteiro
que de mim estou farto
meus versos que não
são versos
atirei ao chão
dispersos
vou ver se algum dia
o mundo pateta
por analogia
diz que sou poeta

Fiz leilão de mim
e fui por fim apregoado
mas de mau que sou
ninguém gritou
arrematado
fiz leilão de mim
tinhas razão minha almofada
por lances a esmo
provei a mim mesmo
que não valho mais que nada

Também quis vender meu fado
meu modo de ser errado
leiloei ternura
chamaram-me louco
mostrei amargura
e o mundo fez pouco
depois leiloei carinho
e em praça fiquei sozinho
diz me a pouca sorte
que para castigo
até vir a morte
vou ficar comigo



quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Balada do sol errado

Miguel Ramos é um jovem fadista, vencedor duma grande noite do Fado em Lisboa.

Herdeiro dum grande nome o viola Miguel Ramos já falecido. também ele toca acompanhando outros fadistas.

Este fado é uma letra linda de Helder Moutinho, sobre o fado Súplica de Armando Machado

Adeus ó meu amor minha aventura
de ar sereno ao vento e brusco ao mar
Adeus minha ilusão que não tem cura
adeus amor que não te posso amar

Adeus ó rio que nasce á noitinha
e desces de mansinho as madrugadas
quem dera que essa noite fosse minha
adeus ó meu amor de águas paradas

Mas se algum dia à luz de um sol errado
brilhar na tua praia adormecida
eu voltarei ao som deste meu fado
e cantarei bom dia a toda a vida

Agora vem dormir na calmaria
deste teu rio sem rumo e sem vontade
talvez um dia amor talvez um dia
me acordes noutro rio de liberdade


Jardim do coração

Na voz dum grande fadista popular e ao mesmo tempo um grande atleta, várias vezes campeão nacional em culturismo, de seu nome Vítor Miranda que cantou vários anos no Restaurante Típico os Ferreiras em Lisboa e agora tanto quanto julgo saber canta numa casa no Monte da Caparica.

A letra é de Torre da Guia e a música de Nuno de Aguiar


Tenho um jardim
dentro do meu coração
uma camélia paixão
duas rosas sem defeitos
E lá no meio
pequenina e florida
a flor da minha vida
um lindo amor perfeito

A minha vida
tem agora mais sentido
o meu fado é mais vivido
o tempo mais dimensão
porque tenho
quatro singelas flores
quatro vidas quatro amores´
no jardim do coração

Quando adormeço
entrego o meu pensamento
ao suave encantamento
das flores do meu jardim
e quando acordo
do meu sonho
imaginado
sinto o viço perfumado
das flores dentro de mim

A minha vida
tem agora mais sentido
o meu fado é mais vivido
o tempo mais dimensão
só porque tenho
quatro singelas flores
quatro vidas quatro amores´
no jardim do coração




quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Estrela divina

Continuando com António Pelarigo agora cantando uma letra de Jorge Fernando, uns dos artista de facto, vivo, mais completo.

Jorge Fernando, Junta à sua maravilhosa voz a sua qualidade de músico interprete e criativo, quer de músicas quer de letras.

Neste caso a voz é de Pelarigo.


Um dia foste mãe oh minha mãe
Um dia foste Deus deste-me vida
E a flor da vida que este mundo tem
Sorriu-te natureza agradecida
Um dia foste mãe oh minha mãe

Talvez por esse dia ser diferente
Havia em teu olhos duas estrelas
A iluminar meu corpo ternamente
Jurando serem minhas sentinelas
Talvez por esse dia ser diferente


Como a virgem guiou Jesus de Belém
Guiaste tu meus passos de menino
Mostraste-me o caminho para o bem
Foste o meu farol estrela divina
Como a virgem guiou Jesus de Belém



terça-feira, 7 de agosto de 2007

Mundo de inverno



Pergunto-me muitas vezes porque permanece desconhecido na nossa terra ?porque não grava ? porque razão os portugueses não ouvem com mais frequência esta voz soberba ?

O poema e a música é de Paco Gonzalez

Desde de que te deixei a minha vida
É choro de criança abandonada
Perdeu o teu amor anda perdida
Nos braços de uma longa madrugada

Desde de que te deixei uma ansiedade
Impõe-me a sua dor que me devora
E á noite na lareira da saudade
Aqueço o coração que por ti chora

Mundo de inverno corpo gelado
Sem o teu corpo nos lençóis deste meu fado
Mundo de inverno angustia louca
Sem o carinho e o calor da tua boca

Desde de que te deixei tudo é tristeza
Tudo é caminho errado na minhalma
É o arrastar do tempo na certeza
que nunca outro amor meu ser acalma

Desde de que te deixei mora comigo
a voz amarga e rouca da paixão
E eu sinto que sou outro e não consigo
Calar este maldito coração