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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Deixa-me só


Tenho o grato prazer de "sentir" neste blogue de paixão pelo fado, que era seguido por Claúdia Tulimoschi, filha da fadista Adélia Pedrosa e afilhada de Joaquim Pimentel, um dos nomes mais conhecido do fado, quer como fadista, quer como autor de tantos trabalhos, entre os quais, Só nós dois, Tudo de te dei, Meu amor marinheiro, Dá tempo ao tempo (música), Júlia florista (música) e tantos outros fado, incluindo o popular Mulheres há muitas, onde por acaso, ele só era interprete.

Interprete muito especial, como aquele seu famoso saltinho na voz, único no seu estilo.

Cláudia fez-me recorda-lo bem como de sua mãe Adélia Pedrosa, e por isso vou roubar do seu cantinho este fado de Joaquim Pimentel, o
Deixa-me só, um dos tais que é inteiramente de sua autoria.

Obrigado Cláudia.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Pedaços de vida

Gosto muito de ouvir a Maria Valejo cantar o fado, muito embora devido a algumas incursões pela canção ligeira, faça com que não seja identificada como fadista, por algumas pessoas. Contudo os mais atentos as estas coisas do fado, sabem que ela é uma grande fadista.

Para saber mais dela, o melhor é ler quem a conhece pessoalmente, falo de Vitor Marceneiro.

Este fado tem letra de Artur Ribeiro e musica do fado Tamanquinhas de Carlos Neves

Para ouvir clicar >>>>>>>>>>>>> aqui.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Resultados da votação do fado preferido-(3ª Série)


Os resultados da votação da 3ª Série  do   Fado preferido, foi a seguinte

  1. Búzios-6 votos
  2. Chuva-4 votos
  3. Tudo te dei-3 votos
tendo os restantes fados votações abaixo deste resultado.

Nestas circunstâncias só foram apurados para continuar os dois primeiros fados sendo todos os outros eliminados.

A classificação conjunta foi actualizada como se pode ver na coluna lateral

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Disse-te adeus e morri

Gosto de ouvir cantar Gonçalo Salgueiro, embora reconheça que ainda tem caminho para trilhar.

Este fado foi popularizado pela grande Amália e qualquer fadista prescisa de ser arrojado, para cantar fados que ela interpretou. Gonçalo fê-lo imprimindo-lhe o seu estilo muito pessoal e a sua forma de interpretar vinda de dentro.

Realço mais uma vez que as letras de Vasco de Lima Couto, são do melhor que a história do fado tem para contar


Letra de Vasco de Lima Couto música de José António Sabrosa

Disse-te adeus e morri
E o cais vazio de ti
Aceitou novas marés.
Gritos de búzios perdidos,
O varão dos meus sentidos,
A gaivota que tu és.

Gaivota d’asas coradas,
Que não sentes madrugadas
E acorda à noite a chorar.
Gaivota que faz o ninho
Porque perdeu o caminho
Onde aprendeu a sonhar.

Preso no ventre do mar
O meu triste respirar
Sofre a invenção das horas.
Pois, na ausência que deixaste,
Meu amor, como ficaste?
Meu amor, como demora!



Para ver clicar >>>>>>>>>>>>>> aqui

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Resultado da sondagem O melhor fado- 2ª série

Resultado da votação-O melhor fado- 2ª Série

  1. O Sotão da rua da amendoeira- 9 votos
  2. É tão bom ser pequenino-6 votos
  3. Leio em teus olhos-5 votos
  4. 7 esperanças 7 dias-4 votos
  5. Arraial-4 votos
  6. Fado dos saltimbancos-4 votos
  7. Sinas trocada-3 votos
  8. Amei-te-2 votos
  9. Degraus da vida-1 voto
  10. Dois pecadores-1 voto
  11. Saudades não as quero-1 voto
  12. Alvorada-1 voto
  13. Tudo acabou-0 votos
  14. Saudades não as quero-1 voto
Sendo assim na classificação conjunta 1ª e 2ª Série e que continuarão para a final são os seguintes fados

  1. O sotão da rua da Amendoeira-9 votos
  2. Balada do sol errado-7 votos
  3. Fiz leilão de mim-7 votos
  4. Roseira brava-6 votos
  5. É tão bom ser pequenino-6 votos
  6. Mundo de inverno-5 votos
  7. Chaves da vida-5 votos
  8. Leio em teus olhos-5 votos
  9. Jardim do coração-4 votos
  10. Anda comigo vou falar de esperança-4 votos
  11. 7 esperanças 7 dias-4 votos
  12. Arraial-4 votos
  13. Fado dos saltimbancos-4 votos
Sendo, por consequência, todos os outros eliminados.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Saudade silêncio e sombra

Este é por certo o fado mais emblemático da Teresa Tarouca, que garanto ninguém o canta como ela, É dos meus favoritos


Letra de Nuno de Lorena e Música de Pedro Rodrigues-Fado Primavera

A saudade meu amor
é o martírio maior
da minha vida em pedaços
desde a tarde desse dia
em que ao longe se perdia
pra sempre o som dos teus passos

Saudades fazem lembrar,
silêncios do teu olhar,
segredos da tua voz,
E essa antiga melodia
que o vento na ramaria
murmurava só para nós.

Lembraste daquela vez,
quando eu cantava a teu pés
trovas que não tinham fim.
Quando o luar prateava
e quando a noite orvalhava
as rosas desse jardim.

Jardim distante e incerto
sinto tão longe e tão perto
o passado que te ensombra,
devaneio e irrealidade,
silêncio, sombras saudade,
saudades silêncio e sombra


domingo, 1 de fevereiro de 2009

Moinho desmantelado

Alfredo Marceneiro enquanto interprete também faz parte da história do fado. É conhecida a sua faceta de autor mas a sua voz inconfundível, a sua presença e porque não dizê-lo as suas birras, são a nossa memória

A letra deste fado é do seu letrista predilecto Henrique Rego e a música do próprio Marceneiro.


Moinho desmantelado

Pelo tempo derruído

Tu representas a dor

Deste meu peito dorido



É grande a tua desgraça
Ao dizê-lo sinto pejo

Porque em ti apenas vejo

A miseranda carcaça

Perdeste de todo a graça

Heróica do teu passado

Hoje ao ver-te assim mudado

Minha alma cora e descrê

E quem te viu, e quem te vê

Moinho desmantelado


Moinho pombo da serra

Que triste fim tu tiveste

Alvas farinhas moeste

Para o povo da tua terra


Hoje a dor em ti se encerra

Foste votado ao olvido

Foi-se o constante gemido

Dessas mãos trabalhadoras

Doce amante das lavouras

Pelo tempo derruído



Finalizas tua vida
Em fundas melancolias
Ás tristes aves sombrias

Hoje serves de dormida


No teu seio dás guarida

Ao horrendo malfeitor

Tudo em ti causa pavor

É bem triste a tua sorte

Sombria estátua da morte

Tu representas a dor


Junto de ti eu nasci
Oh! meu saudoso moinho
E do meu terno avozinho

Quantas histórias ouvi


Agora tudo perdi

Sou pela dor evadido

Vivo no mundo esquecido

Moinho que crueldade

És o espelho da saudade

Deste meu peito dorido