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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Um dia quando isso for

Hoje recordei João Ferreira Rosa  cantando uma letra de António Calém  para a  Marcha de Alfredo Marceneiro, um fado extraído dum video e de não muito boa qualidade  mas que importa recordar por ser pouco cantado, aqui na voz de alguém que não conheço  chamado João Filipe e que homenageio por fugir ao hábito muito corrente de se cantar o que está na moda

Um dia, quando isso for
Deixar o teu corpo em flor
E se aproximar do fim

Queria partir, sem te ver
Sentir o mundo morrer
Lá longe, dentro de mim

Depois, em vez de esquecer-te
Tornar em sonhos, rever-te
Lá longe, na solidão

De ver-te sozinho assim
Ver-te só dentro de mim
Dentro do meu coração

É que não posso partir
Sem me partir dos teus olhos
Antes do adeus derradeiro

É que partir sem te ver
É duas vezes morrer
De alma e de corpo inteiro






segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Não rias

Ricardo Ribeiro cada ano que passa, cada vez melhor, mais experiente mas a mesma alma fadista o mesmo amor ao fado, que me habituei a ver e a sentir, desde os seus primeiros passos pela mão do saudoso António Ferreira e com o amparo carinhoso e amigo do grande mestre Fernando Maurício 

 Trago aqui um fado com letra de Ivete Pessoa (também ela fadista) para a música do fado Tertúlia de Armando Machado

Não sei porque razão te quero tanto
E é louco por ti, meu coração
Não sei porque razão este meu pranto
Só riso te provoca, sem razão 

Não rias meu amor 
Da minha grande dor 
Não rias por favor do meu sofrer 
Tem cuidado comigo 
Talvez p'ra teu castigo
A sorte á minha porta vá bater

Podes seguir na vida sem cuidado 
E podes fazer juras, a mentir 
Mas olha meu amor, estás enganada 
Que a vida não é só levada a rir






sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Minha sina





Maria Teresa de Noronha volta aqui para cantar este fado que há pouco me foi sugerido, por alguém que me pediu a letra, cantada sobre a música do Fado Franklim sextilhas também conhecido pelo Fado de Rio Maior


Que sina será a minha 
pra trilhar assim sozinha
nesta vida sem ter fim,
passo os dias a sofrer
e não consigo saber
Se gostas ou não de mim

Se uma estrela se desloca
a ventura que se evoca
pode ser realidade,
quando olho e vejo a lua,
 e minha prece é só uma
a tua felicidade

Deus quer que goste de ti,
 e que tudo o que sofri,
seja a minha grande cruz,
já não desgosto das trevas 
por saber que és tu que levas
tudo o que eu tinha de luz

domingo, 5 de janeiro de 2014

Olhos esquivos

Além dum breve referência ainda não tinha trazido aqui um fado cantado ao estilo do fado Cuf de Alfredo Marceneiro, criado nos anos 30 do século passado quando Alfredo Marceneiro trabalhava nos estaleiros navais daquela empresa.

Para cantar um clássico só outro clássico do fado de novo aqui António Rocha neste fado cuja letra é de sua autoria


Não sabes quanto os teus olhos me intrigam,
Tão fugidios, pouco se deixam ver
Talvez tenhas receio que me digam,
O que não tens coragem de dizer.

Olhos que me pertubam os sentidos,
Cor da esperança que encheu meu coração,
Porque os trazes assim tão oprimidos,
Sempre escondidos, sempre olhando o chão

Afasta dos teus olhos a tristeza,
Deixa-os sorrir p’ra vida, que é tão breve,
Dá-me desses dois círios a beleza,
Para que minha cruz seja mais leve.

Olha-me bem de frente, com ternura,
Para que nos teus olhos possa ler,
Verdades que desejo com loucura,
E tu não tens coragem de dizer

(um abraço  a José Fernandes de Castro)