Além dum breve referência ainda não tinha trazido aqui um fado cantado ao estilo do fado Cuf de Alfredo Marceneiro, criado nos anos 30 do século passado quando Alfredo Marceneiro trabalhava nos estaleiros navais daquela empresa.
Para cantar um clássico só outro clássico do fado de novo aqui António Rocha neste fado cuja letra é de sua autoria
Não sabes quanto os teus olhos me intrigam,
Tão fugidios, pouco se deixam ver
Talvez tenhas receio que me digam,
O que não tens coragem de dizer.
Olhos que me pertubam os sentidos,
Cor da esperança que encheu meu coração,
Porque os trazes assim tão oprimidos,
Sempre escondidos, sempre olhando o chão
Afasta dos teus olhos a tristeza,
Deixa-os sorrir p’ra vida, que é tão breve,
Dá-me desses dois círios a beleza,
Para que minha cruz seja mais leve.
Olha-me bem de frente, com ternura,
Para que nos teus olhos possa ler,
Verdades que desejo com loucura,
E tu não tens coragem de dizer
(um abraço a José Fernandes de Castro)