Para cantar uma letra de Germano Sousa para a música do fado Camélia de Júlio Proença volto a trazer aqui o muito castiço Manuel Cardoso de Menezes
A vida passa tão breve,
tão vertiginosa e leve,
deixando apenas saudades,
eu sinto um grande desgosto
de já ter rugas no rosto,
da perdida mocidade.
Os anos correm a esmo,
sinto que não sou o mesmo,
neste mundo de ilusão,
quando o espelho consultei,
tremi, depois chorei
magoei o meu coração
Quem me dera não amar
não ter alma não sentir,
os tormentos do amor,
pra não carpir não chorar,
pra não saber definir,
as amarguras da dor.
Eu sinto um grande desgosto
de já ter rugas no rosto
da perdida mocidade,
a vida passa tão breve,
tão vertiginosa e leve,
deixando apenas saudades
Este blogue é uma homenagem a todos os que amam o FADO. Estão totalmente reconstruídos todos os posts, mas agradeço que sempre encontrem alguma anomalia ma comuniquem
sexta-feira, 29 de julho de 2011
domingo, 17 de julho de 2011
És tu
António Mendes é o fadista proprietário da casa Guitarras de Lisboa em Alfama no Beco do Meio, 1 para quem quiser tem o telefone 21 880 99 28 (não tenho qualquer tipo de interesse pessoal Só informo para quem estiver interessado)
Mendes é um veterano que por acaso já ouvia cantar muito antes dele abrir este espaço
Ei-lo num fado de Zeca Maneca para o fado marcha de Raúl Pinto
O meu despertar risonho
teve aleluia de cores
quando viu os olhos teus
sentiu magia dum sonho
no arco-íris de amores,
que os teus olhos dão aos meus
És tu que neste momento
cala a voz da solidão
no amor que existe em mim,
corrente dum sentimento
de dois corpos que se dão
num fogo ardente sem fim.
És verão que quer ficar,
no meu inferno descrente
batido pela neve fria,
és tu a quem quero amar
sendo a raiz a semente
do raiar dum novo dia
Mendes é um veterano que por acaso já ouvia cantar muito antes dele abrir este espaço
Ei-lo num fado de Zeca Maneca para o fado marcha de Raúl Pinto
O meu despertar risonho
teve aleluia de cores
quando viu os olhos teus
sentiu magia dum sonho
no arco-íris de amores,
que os teus olhos dão aos meus
És tu que neste momento
cala a voz da solidão
no amor que existe em mim,
corrente dum sentimento
de dois corpos que se dão
num fogo ardente sem fim.
És verão que quer ficar,
no meu inferno descrente
batido pela neve fria,
és tu a quem quero amar
sendo a raiz a semente
do raiar dum novo dia
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Deixa-me só
Maria da Saudade é uma fadista do Algarve que por lá vai fazendo a sua carreira, com a dignidade de muita gente que ama o fado em Portugal pois ao contrário do que se pensa isso não acontece só em Lisboa
Este fado tem letra de Carlos Conde para o fado cigana de Armando Machado
Deixa-me só por favor
não venhas amargurar
outra vez meu coração
as tuas juras de amor
já não as quero lembrar
são coisas que já lá vão
Por favor deixa-me só
porque sei quanto sofri
hora a hora dia a dia.
ilusão desfez-se em pó,
pois a sofrer aprendi,
coisas que não conhecia.
Deixa-me só por favor,
deve ser melhor assim,
eu não tornar a falar-te.
não quero mais teu amor
deixa de pensar em mim
para eu poder perdoar-te
Não venhas faz-me a vontade
o teu viver não me interessa
chegas a meter-me dó
de ti só resta a saudade
e agora apenas te peço
por favor deixa-me só.
terça-feira, 5 de julho de 2011
Cuidei que tinha morrido
Margarida Guerreiro, um regresso aqui para cantar este fado de Pedro Homem de Melo e musica de Alain Oulman
Ao passar pelo ribeiro, onde às vezes me debruço
Fitou-me alguém corpo inteiro, dobrado como um soluço
Pupilas negras, tão laças, raízes iguais às minhas
Meu amor, quando me enlaças, porventura as adivinhas
Que palidez nesse rosto sob o lençol do luar
Tal e qual quem alça o posto estivera agonizar
Deram-me então por conselho tirar de mim o sentido
Mas depois vendo-me ao espelho cuidei que tinha morrido
Ao passar pelo ribeiro, onde às vezes me debruço
Fitou-me alguém corpo inteiro, dobrado como um soluço
Pupilas negras, tão laças, raízes iguais às minhas
Meu amor, quando me enlaças, porventura as adivinhas
Que palidez nesse rosto sob o lençol do luar
Tal e qual quem alça o posto estivera agonizar
Deram-me então por conselho tirar de mim o sentido
Mas depois vendo-me ao espelho cuidei que tinha morrido
sexta-feira, 1 de julho de 2011
A saudade que me dói
Florência é uma fadista nascida no Porto em 1943, uma veterana, que dispenso de relatar passagens do seu curriculum socorrendo-me do que foi escrito no blog Lisboa no guiness
Aqui canta um lindo fado (como todos) de Vasco de Lima Couto para o fado marcha de Alfredo Marceneiro
Rasga o passado em que vida
deixou os meus olhos presos
às janela imperfeitas
rasga a penumbra em que a vida
guarda os meus sonhos acessos
nessa cama em que te deitas
Rasga tudo o que te dei
quando deixei de ser eu
por te sentir a meu lado
e o perdão, que eu inventei,
porque tu fechaste o céu
ao limite do pecado
E na minha voz tão nua
rasga se puderes rasgar
o tempo da violência,
e as aves, daquela rua,
onde eu vivi para te amar,
num fado vestido ausência
Aqui canta um lindo fado (como todos) de Vasco de Lima Couto para o fado marcha de Alfredo Marceneiro
Rasga o passado em que vida
deixou os meus olhos presos
às janela imperfeitas
rasga a penumbra em que a vida
guarda os meus sonhos acessos
nessa cama em que te deitas
Rasga tudo o que te dei
quando deixei de ser eu
por te sentir a meu lado
e o perdão, que eu inventei,
porque tu fechaste o céu
ao limite do pecado
E na minha voz tão nua
rasga se puderes rasgar
o tempo da violência,
e as aves, daquela rua,
onde eu vivi para te amar,
num fado vestido ausência
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