Menciono aqui de novo a Cigana do Fado, com este fado um dos seus mais emblemáticos.
Quero também referir um magnífico blog de fado, da autoria de j.silva, do melhor que conheço na internet e que recomendo vivamente a todos os amantes do fado.
A letra é de António Campos a música do fado Porto de António Barbeirinho
Quando voltares, tem cautela
Pisa bem devagarinho
Não acordes minha dor;
Transforma-te numa estrela
Vem em nuvens de carinho
E traz-me um pouco de amor
Abre a porta levemente
Sobe a escada passo a passo
Lembra-te do tempo antigo
Dá-me um beijo docemente
Acorda-me num abraço
Estarei sonhando contigo
Depois, mente-me em segredo
Diz que tiveste saudade
Deves mentir, meu amor
É que eu tenho muito medo
Que a amargura da verdade
Venha acordar minha dor
para ouvir clicar aqui
Este blogue é uma homenagem a todos os que amam o FADO. Estão totalmente reconstruídos todos os posts, mas agradeço que sempre encontrem alguma anomalia ma comuniquem
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Triste sina
Rosa Madeira é uma fadista ribatejana, nasceu no Cartaxo, mas começou a sua vida artística na Madeira, começando a sua carreira em 1980. Muito querida nas comunidades portuguesas em especial na Venezuela, interrompeu a sua carreira durante cerca de 3 anos, após a morte de sua mãe, mas regressou em 2007.
Música de Nóbrega e Sousa Letra de Jerónimo Bragança
Música de Nóbrega e Sousa Letra de Jerónimo Bragança
Mar de mágoa sem marés
Onde não há sinal de qualquer porto
De lés a lés o céu é cor de cinza,
e o mundo desconforto,
No quadrante deste mar que vai rasgando,
Horizontes sempre iguais à minha frente,
Há um sonho agonizando, lentamente, tristemente
Mãos e braços, para quê?
E para quê, os meus cinco sentidos?
Se a gente não se abraça e não se vê,
ambos perdidos
Nau da vida que me leva naufragando em mar de trevas
Com meus sonhos de menina... triste sina
Pelas rochas se quebrou
E se perdeu a onda deste sonho
Depois ficou uma franja de espuma
a desfazer-se em bruma,
No meu jeito de sorrir ficou vincada,
A tristeza, de por ti não ser mais nada
Meu senhor de todo o sempre,
sendo tudo, não és nada
Caso não consiga ver o clip clicar >>>>>>>>>> aqui
Onde não há sinal de qualquer porto
De lés a lés o céu é cor de cinza,
e o mundo desconforto,
No quadrante deste mar que vai rasgando,
Horizontes sempre iguais à minha frente,
Há um sonho agonizando, lentamente, tristemente
Mãos e braços, para quê?
E para quê, os meus cinco sentidos?
Se a gente não se abraça e não se vê,
ambos perdidos
Nau da vida que me leva naufragando em mar de trevas
Com meus sonhos de menina... triste sina
Pelas rochas se quebrou
E se perdeu a onda deste sonho
Depois ficou uma franja de espuma
a desfazer-se em bruma,
No meu jeito de sorrir ficou vincada,
A tristeza, de por ti não ser mais nada
Meu senhor de todo o sempre,
sendo tudo, não és nada
Caso não consiga ver o clip clicar >>>>>>>>>> aqui
Pede-me tudo
Ana Maurício que tanto quanto sei canta actualmente na Tipóia em Lisboa, volta aqui para cantar este fado que também pertencia ao repertório do seu tio o grande Fernando Maurício.
Força Ana
Letra de Jorge Rosa música de Georgino de Sousa-Fado Georgino
Pede-me a luz das estrelas
O seu doce cintilar
Que eu farei por conseguir;
Escolher entre todas elas
As que mais podem brilhar
As que mais sabem luzir
Pede-me o brilho da lua
Do sol radioso e quente
O soalheiro calor
Logo a lua será tua
Do astro-rei, num repente
Terás também o fulgor
Pede-me o sal das marés
As ondas, a cor do mar
Da alva espuma, a cambraia
Pronto terás a teus pés
Oceanos desmaiar,
Tal e qual como na praia
Tudo o mais que te apeteça
Sentirás ao teu dispor
Se me pedires te darei
Só não peças que te esqueça
Acredita meu amor
Como fazê-lo, não sei
Força Ana
Letra de Jorge Rosa música de Georgino de Sousa-Fado Georgino
Pede-me a luz das estrelas
O seu doce cintilar
Que eu farei por conseguir;
Escolher entre todas elas
As que mais podem brilhar
As que mais sabem luzir
Pede-me o brilho da lua
Do sol radioso e quente
O soalheiro calor
Logo a lua será tua
Do astro-rei, num repente
Terás também o fulgor
Pede-me o sal das marés
As ondas, a cor do mar
Da alva espuma, a cambraia
Pronto terás a teus pés
Oceanos desmaiar,
Tal e qual como na praia
Tudo o mais que te apeteça
Sentirás ao teu dispor
Se me pedires te darei
Só não peças que te esqueça
Acredita meu amor
Como fazê-lo, não sei
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Bêbado pintor
Uma letra, do seu letrista favorito o poeta Henrique Rego que Marceneiro musicou com o nome de Fado da Laranjeira, nesta difícil arte de versejar em doze sílabas.
A voz e o estilo inconfundível de Alfredo Marceneiro
Letra de Henrique Rego e música de Alfredo Marceneiro-Alexandrino da Laranjeira
Encostado sem brio ao balcão da taberna
De nauseabunda cor e tábua carcomida
O bêbado pintor a lápis desenhou
O retrato fiel duma mulher perdida
Impudica mulher, perante o vil bulício
De copos tilintando e de boçais gracejos,
Agarrou-se ao rapaz, cobrindo-o de beijos,
Perguntou-lhe a sorrir, qual era o seu oficio,
Ele a cambalear, fazendo um sacrifício,
Lhe diz a profissão em que se iniciou,
Ela escutando tal, pedindo alcançou
Que então lhe desenhasse o rosto provocante,
E num sujo papel, o rosto da bacante
O bêbado pintor com um lápis desenhou.
Retocou o perfil e por baixo escreveu,
Numa legível letra o seu modesto nome,
Que um ébrio esfarrapado, com o rosto cheio de fome,
Com voz rascante e rouca à desgraçada leu,
Esta, louca de dor, para o jovem correu,
Beijando-lhe o rosto, abraça-o de seguida...
Era a mãe do pintor, e a turba comovida,
Pasma ante aquele quadro, original e estranho,
Enquanto o pobre artista amarfanha o desenho:
O retrato fiel duma mulher perdida.
A voz e o estilo inconfundível de Alfredo Marceneiro
Letra de Henrique Rego e música de Alfredo Marceneiro-Alexandrino da Laranjeira
Encostado sem brio ao balcão da taberna
De nauseabunda cor e tábua carcomida
O bêbado pintor a lápis desenhou
O retrato fiel duma mulher perdida
Impudica mulher, perante o vil bulício
De copos tilintando e de boçais gracejos,
Agarrou-se ao rapaz, cobrindo-o de beijos,
Perguntou-lhe a sorrir, qual era o seu oficio,
Ele a cambalear, fazendo um sacrifício,
Lhe diz a profissão em que se iniciou,
Ela escutando tal, pedindo alcançou
Que então lhe desenhasse o rosto provocante,
E num sujo papel, o rosto da bacante
O bêbado pintor com um lápis desenhou.
Retocou o perfil e por baixo escreveu,
Numa legível letra o seu modesto nome,
Que um ébrio esfarrapado, com o rosto cheio de fome,
Com voz rascante e rouca à desgraçada leu,
Esta, louca de dor, para o jovem correu,
Beijando-lhe o rosto, abraça-o de seguida...
Era a mãe do pintor, e a turba comovida,
Pasma ante aquele quadro, original e estranho,
Enquanto o pobre artista amarfanha o desenho:
O retrato fiel duma mulher perdida.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Rádio Amália 92,0 FM
Uma notícia importante para os amantes do fado. O nascimento hoje duma rádio, inteiramente dedicada ao fado a funcionar durante 24 horas em 92,0 FM, ou na internet.
Uma inauguração no dia em que passa 10 anos sobre o desaparecimento físico da grande Amália Rodrigues, não poderia haver melhor homenagem
Uma inauguração no dia em que passa 10 anos sobre o desaparecimento físico da grande Amália Rodrigues, não poderia haver melhor homenagem
terça-feira, 6 de outubro de 2009
O tempo é quem manda
Letra de Linhares Barbosa Música de Alberto Lopes-fado dois tons
Lá porque eu era um miúdo
Passavas toda emproada
Hoje por mim davas tudo
Mas não te quero p'ra nada
Ainda pequeno andei preso
Ao teu olhar de veludo
Olhavas-me com desprezo
Lá porque eu era um miúdo
É um garoto qualquer
Dizias, á gargalhada
E como grande mulher
Passavas toda emproada
Cresci, já não sou criança
Estou certo e não me iludo
Se te desse confiança
Hoje por mim davas tudo
Sei que os anos te consomem
Sei que te sentes cansada
Que me queres por já ser homem
Mas não te quero p'ra nada
Caso não consiga ver o clip clicar aqui
Lá porque eu era um miúdo
Passavas toda emproada
Hoje por mim davas tudo
Mas não te quero p'ra nada
Ainda pequeno andei preso
Ao teu olhar de veludo
Olhavas-me com desprezo
Lá porque eu era um miúdo
É um garoto qualquer
Dizias, á gargalhada
E como grande mulher
Passavas toda emproada
Cresci, já não sou criança
Estou certo e não me iludo
Se te desse confiança
Hoje por mim davas tudo
Sei que os anos te consomem
Sei que te sentes cansada
Que me queres por já ser homem
Mas não te quero p'ra nada
Caso não consiga ver o clip clicar aqui
Subscrever:
Mensagens (Atom)