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sábado, 6 de março de 2010

Fado da despedida

Nasceu em Lisboa em 1922 e faleceu em 1995

Foi um fadista castiço que tinha por ofício sapateiro até 1951 quando se profissionalizou, estreando-se no Tipóia. Tardiamente já que cantava desde os 10 anos.

Manuel de Almeida gravou relativamente poucos discos, pois a maior parte da sua carreira foi feita nos retiros e casas de fado lisboetas, às quais se mantinha invulgarmente fiel, doze anos na Tipóia, onze no Lisboa à Noite, e dezasseis no Forte D. Rodrigo.

Assim que o barco partir
rogando a Deus vou pedir
que te dê felicidade
que te dê boa viagem
e a mim me dê coragem
para suportar a saudade

Se não for à despedida,
a razão ó minha querida ,
é fácil de adivinhar,
é que a saudade é medonha,
e depois tenho vergonha,
que alguém me veja chorar,

Se acaso um dia voltares,
feliz e não me encontrares,
se ouvires dizer que morri,
foi de saudades não nego,
ou então devo estar cego,
de tanto chorar por ti.




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