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quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Tudo acabou

Grande Fernando Maurício canta agora este fado com letra de Moita Girão e sobre a marcha de Alfredo Marceneiro

Desde que te ouvi dizendo
Que sentimento em revolta
Adeus amor acabou-se

Os anos foram correndo
O mundo deu muita volta
E a vida modificou-se

Ainda trago comigo
Aquela cruz que me deste
Tudo o que guardo de ti

Cruz que tem sido o castigo
A lembrar-me que esqueceste
Tanta jura que te eu ouvi

Não sei onde estás agora
Nem sei se vives ainda
Ou se Deus já te levou

Eu sigo pla vida fora
Sentindo a saudade infinda
Dum amor que se acabou




quinta-feira, 13 de setembro de 2007

É tão bom ser pequenino

Chegou a vez do Rei, infelizmente já desaparecido Fernando Maurício, letra de Linhares Barbosa e música do tradicional Fado corrido

Caso não consiga ouvir considerando a opção de baixo clicar >>>>>>>>>>>>>> aqui

É tão bom ser pequenino, ter pai, ter mãe, ter avós
Ter esperança no destino, e ter quem goste de nós

Vem cá José Manuel, dás-me a graciosa ideia
De Jesus da Galileia, a traquinar no vergel
És moreninho de pele, como foi o Deus menino
Tens o mesmo olhar divino, ai que saudades eu tenho
Em não ser do teu tamanho, é tão bom ser pequenino

Os teus dedos delicados, nessas tuas mãos inquietas
Lembram-me dez borboletas, a voejar nos silvados
E como tu sem cuidados, também já corri veloz
Vem cá falemos a sós, dum caso sentimental
Quero dizer-te o que vale, ter pai, ter mãe, ter avós

Ter avós afirmo-te eu, perdoa as imagens minhas
É ter relíquias velhinhas, e ter mãe é ter o céu
Ter pai assim como o teu, te dá o pão e o ensino
É ter sempre o sol a pino, e o luar como rouxinóis
Triunfar como os heróis, e ter esperança no destino

Tu sabes o que é esperança, o sonho, a ilusão, a fé
Sabes lá o que isso é, minha inocente criança
Tu és fonte na pujança, e eu o rio que chegou à foz
Eu sou antes tu voz, que saudades, que saudades
A gente a fazer maldades, e ter quem goste de nós



sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Leio em teus olhos

O saudoso e nunca esquecido Carlos Ramos canta este fado com letra e música do professor Mário Moniz Pereira

Leio em teus olhos
que o nosso amor
está cansado
leio em teu olhos
recordações do passado
Leio em teus olhos
que já não sou nesta hora
o que fui para ti outrora
leio em teus olhos

O amor de alguém
é inconstante
sempre que ele vem
vai num instante
ve lá se o teu
não está já muito diferente
continua igual ao meu
como ele era antigamente



sábado, 1 de setembro de 2007

Degraus da vida

Agora um fado cantado por Natalino Duarte com letra de Moisés Campelo e letra de Mário Lopes

Infelizmente já falecido pode saber-se mais dele lendo este apontamento no blog de Vitor Duarte.

Sobe os degraus desta vida
andavas como perdida
em busca duma afeição
e eu então resolvi
talvez com pena de ti
levar-te pla minha mão

Depois amei-te e tão louco
fiz-te esquecer pouco a pouco
as horas más que passaste
e pelo meu braço forte
subiste os degraus da sorte
mas logo me abandonaste

Esses degraus
que subiste a minha custa
foram a prova mais justa
do meu amor podes crer
esses degraus
não te queiras iludir
tanto servem para subir
como servem para descer

Na vida há certos degraus
que são falsos que são maus
e tu tens que os pisar
por isso toma cuidado
que já não tens a teu lado
meus braços para te amparar

Mas se algum dia voltares
a cair e me encontrares
não temas o meu rancor
volta que eu ainda sou
o mesmo que te encontrou
e te ofereceu seu amor