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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Confissão

Sendo descoberta minha muito recente, lá pelas internetes, percebo que é muito conceituado pelo Norte do País, nesses fantásticos ambientes fadistas que pululam por todo o País e que reflectem o grande amor que existe em Portugal, pelo seu querido fado.

Falo aqui de António de Jesus um fadista de mão cheia, já veterano por certo, que não me canso de ouvir e que deveria ter maior projecção em todo o País.

Agradeço a fpalhinhas que editou um vídeo deste fado que não sei a autoria, (agradeço quem souber me informe) cantado sobre a Marcha de Alfredo Marceneiro e que me permitiu fazer aqui esta referência.

(Entretanto o amigo Manuel Augusto Costa (ver comentário) ajudou-me a esclarecer a autoria do poema deste fado o que agradeço)

No meu outro blog o Guarda fados, onde coloco edições doutros colegas, pode ouvir-se mais de António de Jesus, no ambiente castiço, num desse locais onde se pode ouvir muito fado amador


Ó minha mãe santa e bela
perdoa me se te desgosta
a minha resolução
mas eu não gostava dela,
e a gente quando não gosta,
não engana o coração.

Das coisa mais sublimes,
é ter no peito um cantinho,
para guardar a nossa dor,
e um dos mais graves crimes
é aceitar um carinho,
pagando com falso amor.

Ó minha mãe não a quero,
são santos os teus esforços
mas a minha vida é assim
não a querendo sou sincero
e não sentirei remorsos
de a ver perdida por mim

Ó minha mãe vais saber,
a causa do meu desgosto,
que me faz pensar assim,
é porque eu ando a sofrer,
por outra de quem eu gosto,
e que não gosta de mim,


terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Testamento

Este lindo fado magistralmente cantado por Teresa Tarouca, . A letra retirei-a do magnífico fados do fado.

Letra de Alda Lara música de JJ Cavalheiro Júnior-fado menor do porto

Á rapariga mais nova
Do bairro mais velho e escuro
Deixo os meus brincos lavrados
Em cristal límpido e puro

E aquela virgem esquecida
Sonhando alto uma lenda
Deixo o meu vestido branco
Todo tecido de renda

E este meu rosário antigo
De contas da côr dos céus,
Ofereço-o aquele amigo
Que não acredita em Deus

E os livros, rosários meus
Das contas doutro sofrer
São para os homens humildes
Que nunca souberam ler

Quanto aos meus poemas loucos
Esses que são só de dor
E aquele que são de esperança
São para ti, meu amor

P’ra que tu possa um dia
Com passos feitos de lua,
Oferece-los ás crianças
Que encontrares em cada rua



quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Maldição

Esta letra de Fernando Farinha, que também interpreta está cantada sobre música do Fado bacalhau, embora muitos fadista gostem de cantar este fado sobre as sextilhas do Pedro Rodrigues, o fado, esse é sempre lindo


Malditos os olhos meus
quando encontraram os teus
e por eles me perdi,
se os meus olhos te não vissem,
talvez ainda sorrissem,
e não chorassem por ti

Malditos os beijos que dei
esse beijos que eu guardei,
para te oferecer com calor,
beijar quem nos faz sofrer,
antes morrer sem saber
o que é um beijo de amor.

Malditos os tempos vividos,
que por ti foram esquecidos,
e que eu não posso esquecer,
Maldito o meu coração,
que sofre esta maldição,
e não deixa de te querer,



segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Será pecado

No meu outro blog de fado o Guarda-fados, publiquei um fado cantado por um fadista que não conhecia (insuficiência minha) que descobri na net, António de Jesus, cantando o Somos dois loucos um fado de Artur Ribeiro sobre música de José Maria Antunes, Por curiosidade lembrei que tinha nos meus arquivos um fado os mesmos autores sobre a mesma música, cantado pela Maria Inês a grande fadista do Poço do Borratém, chamado Será pecado.

Será, que este amor é loucura,
será que a nossa ternura,
é crime sem ter perdão,
será, que esta lei faz sentido,
será mesmo proibido,
morar em teu coração.

Será pecado
amar-te assim ,
será maldição
ter esta paixão
cá dentro de mim,
se ninguém pode,
mudar seu fado,
dizei-me senhor,
se este nosso amor,
será pecado.

Será ,que é um mal sem medida,
sentir a vida perdida
se não oiço a tua voz,
será,que ninguém neste Mundo,
sentiu um amor tão profundo,
e amou,assim com nós