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sábado, 24 de setembro de 2011

Teus olhos pretos

Diogo Rocha volta aqui a cantar este fado de João Inácio com música de Joaquim Campos para o fado Rosita, música que ainda não tinha aqui trazido.

Agradeço a correcção do amigo e fadista Joaquim Silva a nome e autoria da música deste fado, que como digo em comentário advém do próprio CD, confirmarei em breve



Teus olhos pretos correram
tanto tanto atrás dos meus,
que meus olhos aprenderam,
a correr atrás dos teus.

Teu olhar é um desejo
que me traz em sobressalto
tem a caricia dum beijo
e a perfilha do mar alto

Teus olhos são mil venturas
mil passos do meu calvário,
são duas contas escuras,
caídas do teu rosário.

Existem nos olhos teus
dois mundo dois infinitos,
foi uma graça de Deus
que os tornou assim bonitos.


sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Sombra fugidia

Pronto para corrigir um lapso, pelo facto de não ter neste blog um fado menor cantado por António Rocha.

Embora não goste de adjectivar artistas, para muitos António Rocha, é o rei do fado menor, eu concordo é magistral e por certo um dos maiores

Esta letra é de sua autoria

Vem ó sombra fugidia
folha verde em meu Outono
gota cristalina e fria
nesta sede de abandono

Vem ó sombra fugidia
folha verde em meu Outono

Verde esperança sem sentido
onda revolta de mar
onde navego perdido
em busca do teu olhar

Verde esperança sem sentido
sentido de te alcançar

Vem enquanto a lua espreita
dorme o Sol em meu passado
E a saudade se deita
no meu leito abandonado

vem enquanto a lua espreita
o teu corpo imaginado

Trás uma nova alvorada
ao escurecer da minha idade
que já se sente cansada
de esperar tua verdade

Trás uma nova alvorada
pra matar essa saudade



quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Oração

Nasceu em Cascais há 67 anos, mas nunca envelheceu.
A morte levou-o, poucos dias depois de fazer 22 anos.

Para ler mais um pouco

Canta sobre o fado cravo de Alfredo Marceneiro esta linda letra de Jorge Empis
Quero-te mais do que á vida
Como quem com a morte lida
Quero a Deus Nosso Senhor
Quero-te com toda a alma
E ninguém me leva a palma
A querer-te com tanto ardor

Como fadista á guitarra
Preso está na mesma garra
Assim preso por ti estou
Como a tristeza á saudade
Como a morte á eternidade
Como a dor a quem chorou

Por isso confio ao fado
Que é amigo dedicado
As penas do coração
Pego na guitarra e canto
E ás vezes este meu pranto
Faz lembrar uma oração