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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Adolescência perdida


Mais um fado na voz do Fernando Jorge e outra letra de António Rocha para o fado Carriche de Raúl Ferrão

Poema da minha vida
Sem velhice nem infância
Adolescência perdida
No mar da minha inconstância

Poema da minha vida
Fogo que perdeu a chama
Caminhada resumida
A sulcos feitos na lama

Sem velhice nem infância
Vão as verdades morrer
No limite da distância
Que há entre mim e o meu ser

Adolescência perdida
Em busca de mundo novo
E da razão construída
Com gritos vindos do povo

No mar da minha inconstância
Naufraga a causa perdida
A que tu dás importância
Poema da minha vida

Levas nas mãos amarradas
Vontades amordaçadas



sábado, 22 de maio de 2010

Longe de mais


De novo aqui um fado do vasto repertório de Maria João Quadros a quem presto a minha homenagem, ela é uma verdadeira Boca Linda.

Letra de Jorge Rosa música de Francisco José Gonçalves

Longe de mais
foste tu, meu coração
Sem teres a menor noção
da tua louca corrida
Longe de mais,
mais longe do que devias
Sem veres que essa correrias
punham fim á minha vida

Se amar pouco é malvadez
Amar de mais é talvez
pior mal, é uma loucura
Quem ama pouco consegue
que ás vezes esse amor chegue
a ganhar maior altura

Mas quem muito ama, não,
Não domina o coração,
nem lhe pergunta onde vais ?
Que um louco a correr, não pára
E quando pára, repara
que já foi longe de mais

Longe de mais,
tão longe que a felicidade
Nem sequer sentiu saudad
e
de acompanhar o teu passo
Longe de mais,
em tão louca correria
Que todo o amor que existia
enfraqueceu de cansaço



sábado, 15 de maio de 2010

Rosa livre

MARIA ARMANDA Nasceu em Lisboa em 1942.

Pode ser ouvida, regularmente, no ambiente tradicional do fado, em Lisboa cantou em quase toda a Europa; Brasil. Venezuela, Canadá são lugares familiares ao seu talento.

Maria Armanda continua a ser uma das principais referências do Fado em Portugal.



Rosa livre, rosa livre
rasgaste o chão do degredo
vermelha do sangue vivo,
dos que viveram sem medo.


Rosa menina em Abril
em maio rosa mulher,

quem em setembro a feriu

em março a queria acolher


Rosa livre rosa livre
nos campos da minha terra,
flor de sangue que redime
soldados do fim da guerra.


Rosa livre rosa livre
a gritar num tempo novo
rosa cada vez mais livre
no peito aberto do povo.


quarta-feira, 12 de maio de 2010

Não me venhas ver ao fado

Esta fadista já falecida mas ainda hoje recordada por muitas pessoas que ama o fado e os seus intérpretes e que não deixam passar a memória dos seus grandes nomes mesmo que já não estejam fisicamente entre nós

Para ler um pouco mais sobre esta fadista consultar o blogue Lisboa no Guiness

Esta letra é de Guilherme Pereira da Rosa a música de Francisco José Marque no fado Negro

Não me venhas ver ao fado
Por favor passa de lado
Vou começar nova vida
Deixa que eu amor te esqueça
Ou pelo menos que pareça
Que de ti já estou esquecida

Não me venhas ver ao fado
Deixa cair no passado
Ventura que já morreu
Já bem basta esta maldade
Ó pena de uma saudade
Que é tão tua como eu

Não me venhas ver ao fado
Onde um peito magoado
Canta mágoas e revoltas
Mas se voltas qualquer dia
É de tanta avé Maria
Que rezei pela tua volta



quinta-feira, 6 de maio de 2010

Amor que o amar inventa

A fadista Romy, não é apenas a viúva de Carlos Barra, é uma grande fadista, com um passado e naturalmente com o futuro que lhe desejo risonho


Letra de Francisco Madureira e música de Silva Ferreira

Recolhe-me nos braços da ternura
Mais longos que os desejos infinitos
E beija-me com beijos de loucura
Os olhos espantados e aflitos

Abriga-me no peito de romã
Alegra-me na noite que passou,
Amor, amor dum sonho da manhã
Mais linda, que o amor já inventou

Amor que invento agora porque quero,
Amar qualquer homem em qualquer canto
Com este amor estranho mas sincero
Que grito enquanto falo enquanto canto

Por isso estendo os braços ao amor
Que receia perder-se ao ser amada
Invento uma fogueira de prazer
E faço mais amor na madrugada