José Matoso um fadista de Lisboa, mais um que aqui apresento, vencedor duma grande noite do Fado, a dele foi no ano 2000.
Não sei onde ele canta ou se quer se tem sítio fixo para o fazer. Lembro-me dele ave de arribação, passar por vários locais em Lisboa onde se cantava o fado, para o táxi onde ganhava a vida, cantar os seus fadinho com a o amor que se sentia em cada fala e arrancar, para continuar o trabalho.
É assim a vida de grandes talentos do fado
Aqui canta este fado com letra e música de Jorge Fernando.
Eu fui a voz,
aquela voz dolorida
Cantando a sós
com a solidão da vida,
Mas sei que em mim,
Há um laço transparente,
Que é um generoso abraço
Entre mim e a minha gente.
Tantos fados deu-me a vida,
E eu dei-me todo ao fado,
Em cada noite perdida,
Entre um verso e uma bebida,
Em mil fados fui escutado,
Cantei os sonhos frustrados
Dos poetas sonhadores,
Dei a voz a tristes fados
E ao cantar de olhos cerrados,
Vi mais perto as suas dores.
Eu fui o sal
de tanta lágrima triste
O vendaval que se amaina
e logo insiste,
Mas sei que em mim
Houve sempre á flor da voz
Um fado triste e dolente
Que é o fado que há em nós
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