Volto com Hermano da Câmara, num fado com letra de Linhares Barbosa e música de António de Bragança.
Não sei porque razão Hermano da Câmara na cantou as estrofes, que aqui destaco na letra a preto, mas optei por publicar completa, conforme ouço cantar a outros fadistas.
Na mesma campa nasceram
Duas roseiras a par,
Conforme o vento as movia
Iam-se as rosas beijar
Deu uma rosas vermelhas,
Desse vermelho que os sábios
Dizem ser da cor dos lábios,
Onde o amor põe centelhas
Da outra, gentis parelhas
De rosas brancas vieram,
Só nisso diferentes eram,
Nada mais as diferenciou
A mesma seiva as criou
Na mesma campa nasceram
Dizem contos magoados
Que aquele triste coval
Fora leito nupcial
De dois jovens namorados,
Que, no amor contrariados,
Ali se foram finar,
E continuaram a amar
Lá no além todavia
E por isso ali havia
Duas roseiras a par
A lenda, simples, singela,
Conta mais, que as rosas brancas
Eram as mãos puras, francas,
Da desditosa donzela
E ao querer beijar as mãos dela,
Como na vida fazia,
A boca dele se abria
Em rosas de rubra cor
E celebravam o amor
Conforme o vento as movia
Quando as crianças passavam
Junto aquela sepultura
Toda a gente afirma e jura
as rosas brancas coravam
E as vermelhas se fechavam
Para ninguém lhes tocar
Mas que alta noite, ao luar
Entre um séquito de goivos,
Tal qual os lábios dos noivos
Iam-se as rosas beijar. "
Não sei porque razão Hermano da Câmara na cantou as estrofes, que aqui destaco na letra a preto, mas optei por publicar completa, conforme ouço cantar a outros fadistas.
Na mesma campa nasceram
Duas roseiras a par,
Conforme o vento as movia
Iam-se as rosas beijar
Deu uma rosas vermelhas,
Desse vermelho que os sábios
Dizem ser da cor dos lábios,
Onde o amor põe centelhas
Da outra, gentis parelhas
De rosas brancas vieram,
Só nisso diferentes eram,
Nada mais as diferenciou
A mesma seiva as criou
Na mesma campa nasceram
Dizem contos magoados
Que aquele triste coval
Fora leito nupcial
De dois jovens namorados,
Que, no amor contrariados,
Ali se foram finar,
E continuaram a amar
Lá no além todavia
E por isso ali havia
Duas roseiras a par
A lenda, simples, singela,
Conta mais, que as rosas brancas
Eram as mãos puras, francas,
Da desditosa donzela
E ao querer beijar as mãos dela,
Como na vida fazia,
A boca dele se abria
Em rosas de rubra cor
E celebravam o amor
Conforme o vento as movia
Quando as crianças passavam
Junto aquela sepultura
Toda a gente afirma e jura
as rosas brancas coravam
E as vermelhas se fechavam
Para ninguém lhes tocar
Mas que alta noite, ao luar
Entre um séquito de goivos,
Tal qual os lábios dos noivos
Iam-se as rosas beijar. "
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