Já me têm dito que eu publico fados velhos demais. Para mim não há fados velhos, alguns serão eternos o que é bem diferente. Eu gosto de recordar de relembrar alguns desses que já estão na galeria dos eleitos.
Pouca gente canta hoje este fado é verdade, também porque ele ficou muito identificado na voz de António dos Santos, o marinheiro de Alfama.
Avesso à popularidade foi sempre modesto, razão porque nunca foi uma estrela brilhante, mas um inesquecível, para os amantes do fado.
Faleceu em 1993 com 74 anos.
Este fado tem letra de Mascarenhas Barreto e música do próprio António dos Santos
Caso não consiga ver o vídeo de final de página clicar >>>>>>>>>>>>> aqui
Adeus parceiros das farras
Dos copos e das noitadas
Adeus sombras da cidade
Adeus langor das guitarras
Canto de esperanças frustradas
Alvorada de saudade.
Meu coração como louco
Quer desgarrar-me do meu peito
Transforma em soluço a voz
Partir é morrer um pouco
A alma de certo jeito
A expirar dentro de nós.
Voam mágoas em pedaços
Como aves que se não cansam
Ilusões esparsas no ar.
Partir é estender os braços
Aos sonhos que não se alcançam
Cujo destino é ficar.
Deixo a minh’alma no cais
De longe canto sinais
Feitos de pranto a correr.
Quem morre não sofre mais
Mas quem parte é dor demais
É bem pior que morrer!
Quem morre não sofre mais
Mas quem parte é dor demais
É bem pior que morrer!
Este blogue é uma homenagem a todos os que amam o FADO. Estão totalmente reconstruídos todos os posts, mas agradeço que sempre encontrem alguma anomalia ma comuniquem
sexta-feira, 30 de maio de 2008
domingo, 25 de maio de 2008
Cansaço
A grade Amália tinha que estar presente neste blogue, se entra menos é porque não acho necessário fazê-lo , porque a Amália não precisa de divulgação, mas este fado para mim, um dos que ela canta, que mais gosto.
A letra de Luís Macedo remete-nos para conceitos de vida e morte, bem mais profundos que os habituais.
A música é do Fado Tango de Joaquim Campos da Silva, um funcionário dos Caminhos de Ferro, falecido em 1981, que também era fadista.
Caso não consiga ver o vídeo indicado no fim da página clicar >>>>>>>>>>>>>>>>> aqui
Por trás do espelho quem está
d´olhos fixados nos meus,
alguém que passou por cá
e seguiu ao Deus dará
deixando os olhos nos meus
Quem dorme na minha cama
e tenta sonhar meus sonhos
alguém morreu nesta cama
e lá de longe me chama
misturada nos meus sonhos
Tudo o que faço ou não faço
outros fizeram assim
ai de mim este meu cansaço
de sentir que quanto faço
não é feito só por mim
A letra de Luís Macedo remete-nos para conceitos de vida e morte, bem mais profundos que os habituais.
A música é do Fado Tango de Joaquim Campos da Silva, um funcionário dos Caminhos de Ferro, falecido em 1981, que também era fadista.
Caso não consiga ver o vídeo indicado no fim da página clicar >>>>>>>>>>>>>>>>> aqui
Por trás do espelho quem está
d´olhos fixados nos meus,
alguém que passou por cá
e seguiu ao Deus dará
deixando os olhos nos meus
Quem dorme na minha cama
e tenta sonhar meus sonhos
alguém morreu nesta cama
e lá de longe me chama
misturada nos meus sonhos
Tudo o que faço ou não faço
outros fizeram assim
ai de mim este meu cansaço
de sentir que quanto faço
não é feito só por mim
quinta-feira, 22 de maio de 2008
Rouxinol da Ribeira
Volto a um dos meus fadistas preferidos António Pelarigo, um grande fadista do Ribatejo, que nunca tive o prazer de ouvir cantar ao vivo.
Aqui canta um fado de Januário Pereira e música de Pedro Rodrigues-Sextilhas
Mal o dia amanhecendo
ia a Ribeira se enchendo
de gritos e de pregões
e o peixe desembarcado
é na lota apregoado
no meio de palavrões
Há muito que ali vendia
toda a gente a conhecia
a Gracinda vendedeira
dava gosto ouvir cantar
e eu sempre lhe ouvi chamar
o Rouxinol da Ribeira
Sua filha ainda garota
tão traquina tão marota
a pequena Manuela
certo dia se afastou
e junto ao Tejo brincou
que ninguém mais soube dela
Hoje de negro vestida
chorando a filha perdida
com dor sincera e verdadeira
ao mercado já tornou
mas a cantar não voltou
o Rouxinol da Ribeira
Aqui canta um fado de Januário Pereira e música de Pedro Rodrigues-Sextilhas
Mal o dia amanhecendo
ia a Ribeira se enchendo
de gritos e de pregões
e o peixe desembarcado
é na lota apregoado
no meio de palavrões
Há muito que ali vendia
toda a gente a conhecia
a Gracinda vendedeira
dava gosto ouvir cantar
e eu sempre lhe ouvi chamar
o Rouxinol da Ribeira
Sua filha ainda garota
tão traquina tão marota
a pequena Manuela
certo dia se afastou
e junto ao Tejo brincou
que ninguém mais soube dela
Hoje de negro vestida
chorando a filha perdida
com dor sincera e verdadeira
ao mercado já tornou
mas a cantar não voltou
o Rouxinol da Ribeira
domingo, 18 de maio de 2008
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Trago fados nos sentidos
Trago fados nos sentidos
Tristezas no coração
Trago os meus sonhos perdidos
Em noites de solidão
Trago versos, trago sons
De uma grande sinfonia
Tocada em todos os tons
Da tristeza e da agonia.
Trago amarguras aos molhos
Lucidez e desatinos
Trago secos os meus olhos,
Que choram desde meninos,
Trago noites de luar
Trago planícies de flores,
Trago o céu e trago o mar,
Trago dores ainda maiores.
Tristezas no coração
Trago os meus sonhos perdidos
Em noites de solidão
Trago versos, trago sons
De uma grande sinfonia
Tocada em todos os tons
Da tristeza e da agonia.
Trago amarguras aos molhos
Lucidez e desatinos
Trago secos os meus olhos,
Que choram desde meninos,
Trago noites de luar
Trago planícies de flores,
Trago o céu e trago o mar,
Trago dores ainda maiores.
sábado, 10 de maio de 2008
Fado Bacalhau
Hermano da Câmara hoje monge em Singeverga, tem uma faceta mais mística, dada essa sua vocação, mas começou por ser fadista, penso que não enjeite esses seus princípios, mesmo depois de 50 anos mosteiro.
Este fado tradicional com música de José Bacalhau e letra de José Oliveira, é um caso demonstrativo duma grande voz do fado.
Não sei o que o sinto em mim,
ao ver que me olhas assim
nessa expressão tão sentida,
pois vejo no teu olhar,
que te esforças por me dar,
pedaços da tua vida.
No teu olhar tão magoado,
tem dentro bem retratado
o sentimento do amor,
porque no peito a paixão,
pesa igual do coração
tanto o prazer como a dor.
Sofres e eu bem o conheço
mas tu não vês que é o preço
deste amor desta afeição
também eu por tais carinhos
te vou dando aos bocadinhos
pedaços do coração
Este fado tradicional com música de José Bacalhau e letra de José Oliveira, é um caso demonstrativo duma grande voz do fado.
Não sei o que o sinto em mim,
ao ver que me olhas assim
nessa expressão tão sentida,
pois vejo no teu olhar,
que te esforças por me dar,
pedaços da tua vida.
No teu olhar tão magoado,
tem dentro bem retratado
o sentimento do amor,
porque no peito a paixão,
pesa igual do coração
tanto o prazer como a dor.
Sofres e eu bem o conheço
mas tu não vês que é o preço
deste amor desta afeição
também eu por tais carinhos
te vou dando aos bocadinhos
pedaços do coração
quarta-feira, 7 de maio de 2008
O fado de ser fadista
Este fadista é o decano dos fadistas em actividade, chama-se Alcindo de Carvalho.
Os interessados em saber mais sobre este fadista pode consultar o blogue Lisboa no Guiness, clicar aqui
Este fado de hoje é de autoria letra e música de Artur Ribeiro
Fado é destino marcado
Fado é perdão ou castigo
A própria vida é um Fado
Que o coração traz consigo
Seja canção fatalista
Ou prece de quem sofreu
O Fado de ser fadista
Foi sina que Deus me deu.
Fado é ternura
Fado é dor, Fado é tristeza
Fado é como que uma reza
De quem sofre ou é feliz
Fado é loucura,
É saudade
É incerteza,
É bem a mais portuguesa,
Das canções do meu país.
Fado é tudo o que acontece,
Quando se ri ou se chora,
Quando se lembra ou se esquece,
Quando se odeia ou se adora.
É ter um jeito de artista,
Para moldar o fado à voz
O fado de ser fadista
É morar dentro de nós
Fado é ternura
Fado é dor
Fado é tristeza
Fado é como que uma reza
de quem sofre ou é feliz.
Fado é loucura,
É saudade
É incerteza,
É bem a mais portuguesa,
Das canções do meu país.
Este fado foi editado em 2004 pela Movieplay num CD com o seguinte nome
O FADO DE SER FADISTA - ANTOLOGIA 1969-1979
Os interessados em saber mais sobre este fadista pode consultar o blogue Lisboa no Guiness, clicar aqui
Este fado de hoje é de autoria letra e música de Artur Ribeiro
Fado é destino marcado
Fado é perdão ou castigo
A própria vida é um Fado
Que o coração traz consigo
Seja canção fatalista
Ou prece de quem sofreu
O Fado de ser fadista
Foi sina que Deus me deu.
Fado é ternura
Fado é dor, Fado é tristeza
Fado é como que uma reza
De quem sofre ou é feliz
Fado é loucura,
É saudade
É incerteza,
É bem a mais portuguesa,
Das canções do meu país.
Fado é tudo o que acontece,
Quando se ri ou se chora,
Quando se lembra ou se esquece,
Quando se odeia ou se adora.
É ter um jeito de artista,
Para moldar o fado à voz
O fado de ser fadista
É morar dentro de nós
Fado é ternura
Fado é dor
Fado é tristeza
Fado é como que uma reza
de quem sofre ou é feliz.
Fado é loucura,
É saudade
É incerteza,
É bem a mais portuguesa,
Das canções do meu país.
Este fado foi editado em 2004 pela Movieplay num CD com o seguinte nome
O FADO DE SER FADISTA - ANTOLOGIA 1969-1979
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Esta noite não
Este fado na voz da Fernando Maurício, tem letra de Jorge Fernando e música no tradicional Fado amora de Joaquim Campos da Silva
Amanhã quando acordar
Poderei, ser coisa pouca
Ou talvez, traço de boca
Ainda por desenhar
Ser algo entre os escolhos
Que se procura salvar
Ou então ser dos teus olhos
Um jeito triste de olhar
Poderei ser folha morta
Sem nunca tombar ao chão
Ou trinco velho de porta
Que só abre à tua mão
Poderei ser a razão
Dum poema feito a esmo
Porém esta noite não
Porque ainda sou o mesmo
Amanhã quando acordar
Poderei, ser coisa pouca
Ou talvez, traço de boca
Ainda por desenhar
Ser algo entre os escolhos
Que se procura salvar
Ou então ser dos teus olhos
Um jeito triste de olhar
Poderei ser folha morta
Sem nunca tombar ao chão
Ou trinco velho de porta
Que só abre à tua mão
Poderei ser a razão
Dum poema feito a esmo
Porém esta noite não
Porque ainda sou o mesmo
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