Presença que não queres nem lembrar,
Fui tudo, e hoje sou só despedida,
Um eco, que insiste em te chamar
Apaga-me no escuro dos teus dias,
Sem voz, sem direção, perdi o norte.
Fui verso, fui calor, fui melodias,
Agora sou silêncio, sombra, morte.
Fui porto, fui abrigo de tempestade,
Fui tudo o que juraste não perder.
Agora sou o fim, sou a metade
Do nada, que deixaste por fazer.
Sou brisa que não toca o teu cabelo
Sou gesto, que esqueceste de sentir.
Eu fui o teu começo, em breve apelo
E hoje és só o fim que quis partir.
E se o amor que fores reencontrar,
Não souber te amar como eu te amei,
Se um dia, por sofrer, quiseres voltar,