Caminho só, noite fora
com a saudade que chora,
no silêncio que há em mim.
Levo o peso do que fomos,
hoje não temos nem somos,
um abraço que diga sim.
Ouço silêncios e entendo,
que é o coração tremendo,
por tudo o que já vivi,
As promessas que sonhei,
nos teus olhos mergulhei,
E depois, fiquei sem ti,
O tempo, velho barqueiro,
segue lesto, passageiro,
plos sonhos que afundaste.
Na maré de não te ter,
mas nas ondas do querer,
onde nunca navegaste,
Fiz da esperança meu ninho,
mesmo sem flor no caminho,
que devolva a ilusão,
que traga teu novo olhar,
e a coragem de caminhar,
que à vida me dê razão.
Frederico de Brito-fado britinho
1 comentário:
Muito bonitos estes versos seja quem for o autor !
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