Este poema de Pedro Homem de Mello, aqui interpretado pelo Paulo Penim para o Fado Esmeraldinha de Júlio Proença, também é muito bem interpretado por Joana Amendoeira, embora com outra música, da autoria de Pedro Pinhal, também um excelente trabalho, como se pode aferir aqui
Quem quer que sejas, vem a mim apenas
de noite quando as rosas adormecem,
vem quando a treva alonga as mãos morenas
e quando as aves de voar se esquecem
Vem a mim quando até, nos pesadelos
o amor tenha a beleza da mentira,
vem quando o vento acorda em meus cabelos,
como em folhagem que á vida respira.
Vem como a sombra quando, a estrada é nua,
no risco de asa vem, serenamente,
como as estrelas quando não há lua,
ou como os peixes quando não há gente
Vem a mim quando até nos pesadelos
o amor tenha a beleza da mentira.
1 comentário:
Eccelente: este género musical, que como diz o Jorge Fernando é de facto tão nosso, está a conquistar as minhas preferências. Vive da excelência dos textos, de melodias genias, de harmonias magistrais, de, em grande parte dos casos, tb de magistrais interpretações. É património mundial?...É o mundo k fica a ganhar!
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