O seu primeiro contacto com o fado aconteceu aos dez anos através da obra de Amália Rodrigues, influenciando-a também a música tradicional Alentejana. Em 1997 surge o convite para cantar em casas de fado em Lisboa, por Carlos Zel.
Ela faz parte duma geração de jovens que tratam o fado muito bem não só pela qualidade interpretativa como também pelo cuidado na escolha do repertório.
Ei-la cantando este lido fado com letra de João Monge e música de João Gil
Parti andorinhas,
parti longe do meu telhado
Os barcos que jazem aqui
foram de outro lugar
Quem sabe, amor
Onde vai
Quem sabe
A dor que nos cai
O vento passa por nós
e o resto é o mar
Matei a rosa vermelha
que usava ao decote
Tingi os lençóis
com a raiva de amor e pecado
Olhai as mãos, meu amor
Olhai meus olhos,
Senhor Cantai guitarras,
cantai a tristeza do fado
Fui carne de amor e ciúme
Fui vinho e loucura
Um cravo em botão,
Meu amor,
Preso à tua lapela
Chorei, amor, este fim
Sequei por dentro de mim
Deixei uma rosa vermelha
à tua janela
Tracei o meu xaile no rosto
É de luto este fado
Lavei o teu sangue
na chuva que leva a saudade
Olhai as mãos,
meu amor
Olhai meus olhos,
Senhor Cantai guitarras,
cantai a minha liberdade
Adeus amor que matei
O mar há-de encontrar
o nosso coração
Adeus amor que jurei
Minha rosa de fogo e de paixão
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