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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Mãos abertas

Trago aqui um fadista já falecido António Mello Correia e como desapareceu permaturamente não existe muito discografia . Lembro neste fado de Manuel de Andrade com música do fado bailado de Alfredo Marceneiro.

Para saber um pouco mais dele ler aqui.

Mãos abertas, mãos de dar
As minhas mãos são assim,
Viste-as abertas chegar,
Abertas hão-de ficar,
Quando tu partires em mim.

Ao partir não levarei
Nada mais do que ao chegar,
Minhas mãos, quando tas dei,
Iam abertas e sei
Que abertas hão-de ficar

Nunca as juntei p’ra rezar
Nem nunca as ergui aos céus,
Minhas mãos são mãos de dar,
Não sabem querer nem esperar
Nem sequer dizer adeus

Ao partir não sentirei
Nada teu partindo em mim
De mãos abertas irei
Passado, nunca o terei
As minhas mãos são assim



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