Trago Fernanda Maria noutro fado que foi um grande êxito seu, com letra de Domingos G. Costa para a música do fado alfacinha de Jaime Santos
Sei lindas canções de amor
Que jamais olvidarei
Mas a mais linda, a melhor
Foi a que nunca cantei.
É sonho da mocidade
A minha canção dilecta
Musicada p'la saudade
E o amor foi o poeta.
Só a cantarei um dia
Mais tarde, ou nunca, talvez
Quando sentir a magia
De ser amada uma vez
Então cantarei melhor
Essa canção de encantar
Ao som de um beijo de amor
Que nunca cheguei a dar
Este blogue é uma homenagem a todos os que amam o FADO. Estão totalmente reconstruídos todos os posts, mas agradeço que sempre encontrem alguma anomalia ma comuniquem
domingo, 30 de janeiro de 2011
sábado, 22 de janeiro de 2011
Na boca de toda a gente
Mistério de Fado “ é sem dúvida a consolidação de vinte anos a cantar .O fado precisa de grande vivência e maturidade e de uma entrega emocional que só agora Linda reconhece no seu percurso de vida, e por consequência no seu canto.
Os muitos admiradores que a seguem desde há anos acham que este perfeccionismo parece às vezes exagerado porque, ancorada na tradição, Linda Leonardo sempre foi uma fadista da maior qualidade, exímia na arte de “estilar” o fado que hoje em dia é tão difícil de encontrar. E também porque Linda Leonardo sempre se preocupou com as palavras que canta, com as melodias que interpreta, com a qualidade dos músicos que a acompanham e isso transforma cada uma das suas actuações num momento muito emocionante e verdadeiro.
Esse cuidado é a primeira coisa que nos surge quando ouvimos o seu novo disco, “Mistério de Fado” produzido musicalmente por Marino de Freitas. Com temas do próprio Marino de Freitas, Fernando Tordo, Daniel Gouveia, Tiago Torres da Silva, Carlos Baleia, João Conchinhas ou da própria Linda, ela entrega-se ao fado mais tradicional, como no caso do dificílimo “Fado Pintadinho” mas também se passeia por marchas de Lisboa ou por um belíssimo pasodoble da autoria de Carlos Gonçalves.
E apesar, do título, vemos que não há mistério nenhum. O que há é muita voz! Muita garra! muito sentimento! E há fados lindos! E há acompanhadores de primeira como Ricardo Rocha, José Manuel Neto, Fernando Silva, Artur Caldeira , Diogo Clemente, Carlos Macieira, Carlos Fonseca, Cagé etc.Com diversos estilos, diversas sonoridades…….. E há fado!
Na verdade, o mistério do Fado está lá todo. Ao escutar aquele fado tão antigo parece que sempre o ouvimos a ecoar dentro de nós. Ao escutar aquele fado tão novo, dá a sensação de que estamos a ouvir Fado pela primeira vez.
Esta palavras são da autoria de Tiago Torres da Silva a propósito de Linsa Leonardo, que subscrevo por inteiro, acrescentando que por modéstia não refere a qualidade das letras como a deste fado, por ser de sua autoria, neste caso para a música do fado Daniel, de Daniel Gouveia.
Se eu te disser ao ouvido
Que o fado me tem pedido
Para ninguém o cantar;
Por favor, guarda segredo
Porque o fado está com medo
Que alguém o queira matar
Anda tão envergonhado
Que diz que já nem é fado
Nem julga que o fado exista
Porque quem sente vaidade
Em dar abrigo á saudade
Já não pode ser fadista
E depois o fado diz
Que não pode ser feliz
Na boca de toda a gente
E que talvez a meu lado
Possa voltar a ser fado
Como era antigamente
É por isso que eu lhe digo
Que quando lhe dou abrigo
Sinto o peito tão cansado
E um dia, talvez consiga
Que ao chorar o fado diga
Que quer voltar a ser fado
Os muitos admiradores que a seguem desde há anos acham que este perfeccionismo parece às vezes exagerado porque, ancorada na tradição, Linda Leonardo sempre foi uma fadista da maior qualidade, exímia na arte de “estilar” o fado que hoje em dia é tão difícil de encontrar. E também porque Linda Leonardo sempre se preocupou com as palavras que canta, com as melodias que interpreta, com a qualidade dos músicos que a acompanham e isso transforma cada uma das suas actuações num momento muito emocionante e verdadeiro.
Esse cuidado é a primeira coisa que nos surge quando ouvimos o seu novo disco, “Mistério de Fado” produzido musicalmente por Marino de Freitas. Com temas do próprio Marino de Freitas, Fernando Tordo, Daniel Gouveia, Tiago Torres da Silva, Carlos Baleia, João Conchinhas ou da própria Linda, ela entrega-se ao fado mais tradicional, como no caso do dificílimo “Fado Pintadinho” mas também se passeia por marchas de Lisboa ou por um belíssimo pasodoble da autoria de Carlos Gonçalves.
E apesar, do título, vemos que não há mistério nenhum. O que há é muita voz! Muita garra! muito sentimento! E há fados lindos! E há acompanhadores de primeira como Ricardo Rocha, José Manuel Neto, Fernando Silva, Artur Caldeira , Diogo Clemente, Carlos Macieira, Carlos Fonseca, Cagé etc.Com diversos estilos, diversas sonoridades…….. E há fado!
Na verdade, o mistério do Fado está lá todo. Ao escutar aquele fado tão antigo parece que sempre o ouvimos a ecoar dentro de nós. Ao escutar aquele fado tão novo, dá a sensação de que estamos a ouvir Fado pela primeira vez.
Esta palavras são da autoria de Tiago Torres da Silva a propósito de Linsa Leonardo, que subscrevo por inteiro, acrescentando que por modéstia não refere a qualidade das letras como a deste fado, por ser de sua autoria, neste caso para a música do fado Daniel, de Daniel Gouveia.
Se eu te disser ao ouvido
Que o fado me tem pedido
Para ninguém o cantar;
Por favor, guarda segredo
Porque o fado está com medo
Que alguém o queira matar
Anda tão envergonhado
Que diz que já nem é fado
Nem julga que o fado exista
Porque quem sente vaidade
Em dar abrigo á saudade
Já não pode ser fadista
E depois o fado diz
Que não pode ser feliz
Na boca de toda a gente
E que talvez a meu lado
Possa voltar a ser fado
Como era antigamente
É por isso que eu lhe digo
Que quando lhe dou abrigo
Sinto o peito tão cansado
E um dia, talvez consiga
Que ao chorar o fado diga
Que quer voltar a ser fado
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Lembro-me de ti
Este fado reune dois mestre duas lendas do fado, Linhares Barbosa autor da letra e Marceneiro na voz e na autoria da música no seu fado alexandrino
Eu lembro-me de ti, chamavas-te saudade
Vivias num moinho, ao cimo dum outeiro
Tamanquinha no pé, lenço posto à vontade
Nesse tempo eras tu, a filha dum moleiro
Eu lembro-me de ti, passavas para a fonte
Pousando num quadril, o cantaro de barro
Imitavas em graça, a cotovia insonte
E mugias o gado, até encheres o tarro
Eu lembro-me de ti, que às vezes a farinha
Vestia-te de branco, e parecias então
Uma virgem gentil, que fosse à capelinha
Num dia de manhã, fazer a comunhão
Eu lembro-me de ti, e fico-me aturdido
Ao ver-te pela rua, em gargalhadas francas
Pretendo confundir, a pele do teu vestido
Com a sedosa lã, das ovelhinhas brancas
Eu lembro-me de ti, ao ver-te num casino
Descarada a fumar, luxuoso cigarro
Fecho os olhos e vejo, o teu busto franzino
Com o avental da cor, e o cantaro de barro
Eu lembro-me de ti, quando no torvelinho
Da dança sensual, passas louca rolando
Eu sonho eu fantasio, e vejo o teu moínho
Que bailava também, ao vento, assobiando
Eu lembro-me de ti, e fico-me a cismar
Que o nome de Lucy, que tens, não é verdade
Que saudades eu tenho, e leio no teu olhar
A saudade que tens, de quando eras saudade
Agradeço a Teorispa a publicação deste clip
Eu lembro-me de ti, chamavas-te saudade
Vivias num moinho, ao cimo dum outeiro
Tamanquinha no pé, lenço posto à vontade
Nesse tempo eras tu, a filha dum moleiro
Eu lembro-me de ti, passavas para a fonte
Pousando num quadril, o cantaro de barro
Imitavas em graça, a cotovia insonte
E mugias o gado, até encheres o tarro
Eu lembro-me de ti, que às vezes a farinha
Vestia-te de branco, e parecias então
Uma virgem gentil, que fosse à capelinha
Num dia de manhã, fazer a comunhão
Eu lembro-me de ti, e fico-me aturdido
Ao ver-te pela rua, em gargalhadas francas
Pretendo confundir, a pele do teu vestido
Com a sedosa lã, das ovelhinhas brancas
Eu lembro-me de ti, ao ver-te num casino
Descarada a fumar, luxuoso cigarro
Fecho os olhos e vejo, o teu busto franzino
Com o avental da cor, e o cantaro de barro
Eu lembro-me de ti, quando no torvelinho
Da dança sensual, passas louca rolando
Eu sonho eu fantasio, e vejo o teu moínho
Que bailava também, ao vento, assobiando
Eu lembro-me de ti, e fico-me a cismar
Que o nome de Lucy, que tens, não é verdade
Que saudades eu tenho, e leio no teu olhar
A saudade que tens, de quando eras saudade
Agradeço a Teorispa a publicação deste clip
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Mãos abertas
Trago aqui um fadista já falecido António Mello Correia e como desapareceu permaturamente não existe muito discografia . Lembro neste fado de Manuel de Andrade com música do fado bailado de Alfredo Marceneiro.
Para saber um pouco mais dele ler aqui.
Mãos abertas, mãos de dar
As minhas mãos são assim,
Viste-as abertas chegar,
Abertas hão-de ficar,
Quando tu partires em mim.
Ao partir não levarei
Nada mais do que ao chegar,
Minhas mãos, quando tas dei,
Iam abertas e sei
Que abertas hão-de ficar
Nunca as juntei p’ra rezar
Nem nunca as ergui aos céus,
Minhas mãos são mãos de dar,
Não sabem querer nem esperar
Nem sequer dizer adeus
Ao partir não sentirei
Nada teu partindo em mim
De mãos abertas irei
Passado, nunca o terei
As minhas mãos são assim
Para saber um pouco mais dele ler aqui.
Mãos abertas, mãos de dar
As minhas mãos são assim,
Viste-as abertas chegar,
Abertas hão-de ficar,
Quando tu partires em mim.
Ao partir não levarei
Nada mais do que ao chegar,
Minhas mãos, quando tas dei,
Iam abertas e sei
Que abertas hão-de ficar
Nunca as juntei p’ra rezar
Nem nunca as ergui aos céus,
Minhas mãos são mãos de dar,
Não sabem querer nem esperar
Nem sequer dizer adeus
Ao partir não sentirei
Nada teu partindo em mim
De mãos abertas irei
Passado, nunca o terei
As minhas mãos são assim
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
A Lucinda camareira
Este fado é um clássico, criado por Fernando Maurício. mas que é muitas vezes cantado ao despique no fado bailarico de Alfredo Marceneiro. Quantas vezes o ouvi cantar, com este dois que aqui o interpretam ou ainda em quarteto com o Ricardo Ribeiro ou o Vitor Miranda, todos e o mestre que com a sua modéstia sempre os acarinhou, Muita saudade desse tempo
Fica aqui esta letra de Henrique Rego, nas vozes de Pedro Galveias e Diogo Rocha (por ordem de entrada em cena para quem não reconheça as suas vozes)
A Lucinda camareira
Era a moça mais ladina
Mais formosa, mais brejeira
Do café da Marcelina
De maneira graciosa / Sobre um lindo penteado
Trazia sempre uma rosa / Cor de rosa avermelhado
Eu vivi enfeitiçado / Por aquela feiticeira
Que airosamente ligeira / Servia de mesa em mesa
Tinha feições de princesa / A Lucinda camareira
Primando pela brancura / O seu avental de folhos
Realçava-lhe a negrura / Encantadora dos olhos;
Nem desgostos nem abrolhos / Sofrera desde menina
Que apesar de libertina / Orgulhosa e perturbante;
No velho café cantante / Era a moça mais ladina
Os marialvas em tipóias / Iam da baixa num salto
Ver a mais linda das jóias / Aos cafés do Bairro Alto;
A camareira que exalta / De tão singular maneira
Era amada pela cegueira / Que a palavra amor requer
Para mim era a mulher / Mais formosa e mais brejeira
Certa noite de fim d’ano / Em que certo cantador
Cantava ao som do piano / Cantigas feitas de amor
Um cigano alquilador / De têz bronzeada e fina
Por afortunada sina / A Lucinda conquistou
E para sempre a levou / Do café da Marcelina
A letra foi retirada do blog Fados do fado
en um filme que retirei da net o mesmo fado cantado por Pedro Galveias e Ricardo Ribeiro
Fica aqui esta letra de Henrique Rego, nas vozes de Pedro Galveias e Diogo Rocha (por ordem de entrada em cena para quem não reconheça as suas vozes)
A Lucinda camareira
Era a moça mais ladina
Mais formosa, mais brejeira
Do café da Marcelina
De maneira graciosa / Sobre um lindo penteado
Trazia sempre uma rosa / Cor de rosa avermelhado
Eu vivi enfeitiçado / Por aquela feiticeira
Que airosamente ligeira / Servia de mesa em mesa
Tinha feições de princesa / A Lucinda camareira
Primando pela brancura / O seu avental de folhos
Realçava-lhe a negrura / Encantadora dos olhos;
Nem desgostos nem abrolhos / Sofrera desde menina
Que apesar de libertina / Orgulhosa e perturbante;
No velho café cantante / Era a moça mais ladina
Os marialvas em tipóias / Iam da baixa num salto
Ver a mais linda das jóias / Aos cafés do Bairro Alto;
A camareira que exalta / De tão singular maneira
Era amada pela cegueira / Que a palavra amor requer
Para mim era a mulher / Mais formosa e mais brejeira
Certa noite de fim d’ano / Em que certo cantador
Cantava ao som do piano / Cantigas feitas de amor
Um cigano alquilador / De têz bronzeada e fina
Por afortunada sina / A Lucinda conquistou
E para sempre a levou / Do café da Marcelina
A letra foi retirada do blog Fados do fado
en um filme que retirei da net o mesmo fado cantado por Pedro Galveias e Ricardo Ribeiro
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