(Republicação de post anterior)
Continuemos com Manuel de Andrade, ouvindo agora esta sua letra
Tive um barco e dei-lhe um nome
Dei-lhe um nome feito ao vento
Dei-lhe um nome feito ao mar
Tive um amor e deixou-me
Ficou no meu pensamento
Mas não mais o vi voltar
O seu olhar era a bruma
O seu jeito era o do mar
Em tardes de calmaria
E eram cristais de espuma
Os seus dentes ao cantar
E os seus olhos se sorria
Partimos pla barra fora
Meu amor achei-o estranho
Mais tarde por lá ficou
Onde foi que importa agora
Tive um barco e nada tenho
E o meu amor não voltou
Desta vez cantado por João Braga com música tradicional de Casimiro Ramos
1 comentário:
Conheço alguém que canta isto primorosamente, quando está na cozinha distraído a cozinhar. É um homem.
A letra está correctíssima e é uma beleza!
Enviar um comentário