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segunda-feira, 6 de janeiro de 2025


Se as mãos sem teu abrigo,
Se meus olhos, por  castigo,
Já não podem  mais chorar,

Labios  secos, voz sem fala,
Dor agreste  que se instala
Por não me saberes amar

No silêncio, o peito cala,
Cada sombra que se instala,
saudades a devorarem,

Mas na dura realidade,
Mãos vazias, frialdade,
sem ter poiso onde morarem


Sabe-se lá se afinal,

se um amor tão desigual,
Feito só de mãos vazias.
por distancia um ritual,
são mera razao afinal,
prolongando nossos dias 

Sabe-se lá se o amor,
É um espelho sem calor,
Que reflete estar sem ti
Nos meus lábios, teu sabor,
Nos meus olhos, o torpor,
Nas mãos, tudo o que perdi



Sabe-se lá se o amor,
É um espelho sem calor,
Que reflete estar sem ti
Nos meus lábios, teu sabor,
Nos meus olhos, o torpor,
Nas mãos, tudo o que perdi

O segredo, tão guardado,
É vazio,  silêncio dado,
Num suspiro tão profundo.
Olhos secos, naufragados,
Lábios rubros, condenados,
Num adeus ao fim do mundo.

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