Há choro em campos de dor,
Onde o horror faz morada.
Inocentes, sem valor,
Pobres morrem sem mais nada.
No chão marcado de guerra,
flores deixam de crescer
Pessoas fogem da terra,
Sonhos param de viver.
Crianças gritam sozinhas,
Sem colo ou algum abrigo.
Brincam só entre ruínas,
Sem saída ou um amigo.
O mundo fecha os olhos,
Indiferente à voz que grita.
perdida entre os escolhos
numa dor quase infinita.
No campo onde a dor é lei,
Todos choram sem guarida.
Vida é sonho que deixei,
Morte é sombra mal vivida.
No chão frio, sem abrigo,
Dorme a sombra do sofrer.
Cada passo é um perigo,
Cada rosto, um não querer.
.
Onde havia primavera,
Só o medo fez raiz.
Cada flor que ali espera,
Nunca mais será feliz.
.
O amanhã não traz alento,
Só ruínas pelo chão.
Sopra forte o sofrimento,
No vazio da razão.
.
Se a esperança já se apaga,
No olhar de uma criança,
Cada lágrima é uma chaga,
Cada riso, uma lembrança.
Na poeira do passado,
Há memórias a sangrar.
Cada sonho sepultado,
Sem ninguém pra resgatar.
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