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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Minha sina





Maria Teresa de Noronha volta aqui para cantar este fado que há pouco me foi sugerido, por alguém que me pediu a letra, cantada sobre a música do Fado Franklim sextilhas também conhecido pelo Fado de Rio Maior


Que sina será a minha 
pra trilhar assim sozinha
nesta vida sem ter fim,
passo os dias a sofrer
e não consigo saber
Se gostas ou não de mim

Se uma estrela se desloca
a ventura que se evoca
pode ser realidade,
quando olho e vejo a lua,
 e minha prece é só uma
a tua felicidade

Deus quer que goste de ti,
 e que tudo o que sofri,
seja a minha grande cruz,
já não desgosto das trevas 
por saber que és tu que levas
tudo o que eu tinha de luz

domingo, 5 de janeiro de 2014

Olhos esquivos

Além dum breve referência ainda não tinha trazido aqui um fado cantado ao estilo do fado Cuf de Alfredo Marceneiro, criado nos anos 30 do século passado quando Alfredo Marceneiro trabalhava nos estaleiros navais daquela empresa.

Para cantar um clássico só outro clássico do fado de novo aqui António Rocha neste fado cuja letra é de sua autoria


Não sabes quanto os teus olhos me intrigam,
Tão fugidios, pouco se deixam ver
Talvez tenhas receio que me digam,
O que não tens coragem de dizer.

Olhos que me pertubam os sentidos,
Cor da esperança que encheu meu coração,
Porque os trazes assim tão oprimidos,
Sempre escondidos, sempre olhando o chão

Afasta dos teus olhos a tristeza,
Deixa-os sorrir p’ra vida, que é tão breve,
Dá-me desses dois círios a beleza,
Para que minha cruz seja mais leve.

Olha-me bem de frente, com ternura,
Para que nos teus olhos possa ler,
Verdades que desejo com loucura,
E tu não tens coragem de dizer

(um abraço  a José Fernandes de Castro)